terça-feira, 5 de novembro de 2013

A grande massa fermentada. Lucas 13:20-21.




Mais uma vez Jesus faz uma previsão negativa a respeito do crescimento anormal do testemunho de Deus, hoje representado pela cristandade. Agora é a vez de você passar uma borracha no que aprendeu dos teólogos e líderes religiosos sobre o significado da massa fermentada. Jesus volta a fazer uma pergunta seguida da resposta na forma de uma figura: “A que compararei o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada” (Lc 13:20-21).

Assim como aconteceu com a semente de mostarda, que cresceu além do normal até virar uma aberração, a massa também representa um crescimento da cristandade no mundo, porém causado por fermento. Tente encontrar na Bíblia um significado positivo para “fermento” e você não achará. Desde sua primeira menção no livro de Êxodo, até a última na carta de Paulo aos Gálatas, o fermento sempre tem conotação negativa.

Em Êxodo 12:15 Deus ordenava: “No primeiro dia tirem de casa o fermento, porque quem comer qualquer coisa fermentada, do primeiro ao sétimo dia, será eliminado de Israel”. Ao falar da má doutrina que contamina, Paulo escreveu em Gálatas 5:9: “Um pouco de fermento leveda toda a massa”, usando a mesma expressão de 1 Coríntios 5 ao tratar do pecado moral e do “fermento da maldade e da perversidade” (1 Co 5:8). Nos evangelhos o Senhor alertou os discípulos: “Cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus” e eles “entenderam que não estava lhes dizendo que tomassem cuidado com o fermento de pão, mas com o ensino dos fariseus e dos saduceus” (Mt 16:6-12).

Considerando que o crescimento na igreja se dá pelo ensino da Palavra, e que o fermento é comparado à má doutrina, como interpretar o papel da mulher na parábola? Entendendo os limites que Deus coloca ao ministério das mulheres. Em 1 Coríntios 14, a ordem para que as mulheres permaneçam caladas nas igrejas é chamada de “mandamento do Senhor” (1 Co 14:33-37). Em 1 Timóteo, Paulo explica a razão: “Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, e depois Eva. E Adão não foi enganado, mas sim a mulher” (1 Tm 2:11-14).

Deus diz que a mulher é suscetível ao engano e por isso não deve ensinar. Além disso, no Éden, Deus colocou inimizade entre a serpente e a mulher, o que a transformou no alvo predileto do diabo. Outra pista para entendermos o que significa a mulher que introduz fermento na massa é o costume católico e protestante de dizer que “a igreja ensina”, quando a igreja, por ser a noiva, jamais deveria ensinar. A igreja aprende; quem ensina são os dons dados à igreja. Antes de você me chamar de machista ou avesso às mulheres é melhor conferir se é isso mesmo que a Bíblia diz. Se for, o melhor a fazer é se submeter ao ensino do Espírito Santo de Deus.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Bombastico!

Na minha proxima postagem vou desmascarar uma " verdade teologica " que e muito usada por pregadores atuais, e provar o grande engano da cristandade atual! A luz da Biblia e claro! fiquem ligados...

Lucas 13:18-21 O reino.


Leitura: Lucas 13:18-21


Na história da humanidade você encontra muitos exemplos de reinos e governos que são organizados antes mesmo de assumirem o poder. Geralmente algum partido de oposição ao governo vigente começa a se articular e a decidir quem assumirá cada posição na nova ordem de coisas. Às vezes até mesmo uma nova constituição é redigida para quando o novo governo assumir o controle. Algo semelhante ocorre com o reino de Deus. Ele já existe, mas não está no poder.

É importante entender que “reino de Deus” não é sinônimo de céu ou salvação eterna. O reino é a esfera de governo de um Rei sobre seus súditos, sejam eles submissos ou não. Jesus veio ao mundo para reinar, porém foi rejeitado. Portanto o reino de Deus já estava no mundo funcionando nos bastidores, pois o Rei tinha seguidores em campanha divulgando suas propostas de governo e convidando as pessoas a se filiarem ao reino. Ao mesmo tempo Jesus dava provas de que seu reino era real, ao revelar o seu poder e de como seria a vida na terra quando estivesse no trono. A cura da mulher encurvada era uma dessas provas.

Se você entender isto entenderá a passagem de Hebreus 6 que diz que “para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir [ou seja, do Reino], e caíram, é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento” (Hb 6:4-6). Essas pessoas são as mesmas que tiveram um contato direto com Jesus e não foram salvas porque não creram de verdade. Estavam no reino, porém eram contrárias ao Rei.

Elas foram expostas à luz da presença de Cristo, sentiram um gostinho do dom celestial e foram participantes do Espírito Santo ao serem influenciadas por ele. O Espírito é quem convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo vindouro, como explica João 16:8, tentando levá-lo a Cristo. Ele também santifica o pecador colocando-o numa posição de privilégio, como a do incrédulo casado com uma mulher crente em 1 Coríntios 7:14. Os “poderes da era que há de vir” são os que Jesus manifestava ao curar doentes e alimentar multidões. Muitos dos que beberam do vinho nas bodas de Caná e comeram do pão que Jesus multiplicou estariam mais tarde cuspindo nele e gritando: “Crucifica-o! Crucifica-o!”.

Para mostrar que na ausência do Rei o Reino iria se deteriorar nas mãos dos homens, Jesus faz uma pergunta e a responde na forma de dois exemplos: “Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos... É como o fermento que uma mulher misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada” (Lc 13:18-21).

Lucas 13:18-19 A arvore mutante.



Primeiro Jesus compara o seu Reino a uma hortaliça: “É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos” (Lc 13:18-19). Se quiser entender a Bíblia você deve buscar as respostas na própria Bíblia, e é o que vamos fazer aqui para entender o significado da árvore e das aves em seus ramos.

Se você aprendeu que a semente de mostarda transformada em árvore é uma figura positiva do avanço do evangelho no mundo, é melhor passar uma borracha nessa ideia. Alguns acrescentam que os pássaros aninhados seriam os líderes religiosos instalados nos diferentes ramos da cristandade para promover o crescimento da igreja. Apesar de uma explicação assim ser tão conveniente e confortável para eles quanto os ninhos, eles deveriam se envergonhar de aplicar a si mesmos uma posição que o Senhor rejeitou. Ele disse: “As aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Lc 9:58).

Para começar, um pé de mostarda cresce no máximo até um metro e vinte. Ninguém chamaria isso de árvore e é improvável que pássaros façam ninhos em seus ramos. Portanto Jesus está falando de uma mutação, um crescimento anormal do Reino na terra. Na Bíblia a árvore é uma figura da humanidade, que tem raízes na terra e não no céu. No capítulo 4 de seu livro o profeta Daniel compara a grande árvore do sonho de Nabucodonosor ao próprio rei, cujos domínios se estenderiam por toda a terra. Mas aquela árvore seria derrubada, pois seu crescimento anormal não vinha de Deus, e sim do homem.

Na Bíblia encontramos também o significado das aves do céu. Na Parábola do Semeador Jesus diz que as “aves” que comem as sementes caídas à beira do caminho representam Satanás. Apocalipse 18:2 diz que Babilônia “se tornou habitação de demônios e antro de todo espírito imundo, antro de toda ave impura e detestável”. Você já sabe que Babilônia é a futura cristandade apóstata, aquela que deveria se apresentar como noiva de Cristo, mas surpreende o apóstolo João ao surgir na visão como uma meretriz.

Portanto Jesus está dizendo que, nas mãos dos homens, o Reino teria um crescimento anormal. A história da cristandade mostra que os ramos dessa árvore sempre serviram para aninhar “toda ave impura e detestável”. A árvore não é uma imagem positiva do crescimento do evangelho, e sim do futuro sombrio do testemunho de Deus na terra. Este se tornaria uma aberração nas mãos dos homens e abrigaria líderes da pior espécie. Paulo os chama de “falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo” e acrescenta que “o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam que são servos da justiça” (2 Co 11:14-15).

domingo, 27 de outubro de 2013

Lucas 13:6-9 O fim do Judaismo.




Após denunciar o orgulho individual de alguns judeus, que se consideravam melhores que os outros, Jesus revela o orgulho nacional do povo usando de uma parábola: “Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Foi procurar fruto nela, e não achou nenhum. Por isso disse ao que cuidava da vinha: ‘Já faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não acho. Corte-a! Por que deixá-la inutilizar a terra? ’ Respondeu o homem: ‘Senhor, deixe-a por mais um ano, e eu cavarei ao redor dela e a adubarei. Se der fruto no ano que vem, muito bem! Se não, corte-a’” (Lc 13:6-9).

Se você quiser entender o Novo Testamento deve ter sempre em mente o que João diz sobre Jesus em seu evangelho: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1:11-12). Repare que o primeiro advento ou vinda de Jesus tem duas etapas. Primeiro, ele veio para o que era seu, isto é, os judeus. Como os seus não o receberam, ele passou a tratar com judeus e gentios que o receberam pela fé, fazendo deles filhos de Deus.

Portanto, ao ler os evangelhos, pergunte sempre: “O que isto tem a ver com os judeus?”. Somente depois é que você deve tentar identificar se existe algo que possa ser aplicado de forma direta ou indireta a você. Vemos que este capítulo está claramente relacionado aos judeus. Se perguntarmos ao profeta Isaías que vinha ou fazenda é esta, e o que significa a planta figueira, teremos a resposta: “A vinha do Senhor dos Exércitos é a nação de Israel, e os homens de Judá são a planta que ele amava” (Is 5:7).

Durante tempo suficiente -- os três anos mencionados na parábola -- Deus procurou fruto em sua vinha, Israel, e não encontrou. Depois que a nação foi dividida tudo o que sobrou foi um pequeno remanescente -- Judá e Benjamim -- que voltou a Jerusalém para reconstruir a cidade e o Templo. Estes são os judeus e, como a figueira da parábola, representam a planta que devia ter dado fruto, porém não deu. Deus mandou que a figueira fosse cortada, isto é, que fosse dado um fim naquele testemunho. Porém um intercessor suplica: “Deixe-a por mais um ano, e eu cavarei ao redor dela e a adubarei. Se der fruto no ano que vem, muito bem! Se não, corte-a” (Lc 13:8-9). 

O que intercede é o próprio Senhor Jesus e este “mais um ano” representa o tempo de seu ministério entre os judeus. Apesar dar à figueira todas as condições para que desse fruto, isto não aconteceu e ela acabaria sendo cortada totalmente no ano 70 D.C. quando o Templo de Jerusalém foi destruído e o judaísmo se transformou em mera recordação. Os judeus que hoje existem não podem praticar sua religião sem o Templo e sem sacrifícios, por isso mantêm apenas uma casca ou aparência daquilo que era no passado. 

Lucas 3:10-17




No episódio anterior Jesus usou de uma parábola para decretar o fim do judaísmo. Visto profeticamente, este episódio revela que no futuro ele irá curar um remanescente de Israel de sua condição arruinada. “Certo sábado Jesus estava ensinando numa das sinagogas, e ali estava uma mulher que tinha um espírito que a mantinha doente havia dezoito anos. Ela andava encurvada e de forma alguma podia endireitar-se. Ao vê-la, Jesus chamou-a à frente e lhe disse: ‘Mulher, você está livre da sua doença’. Então lhe impôs as mãos; e imediatamente ela se endireitou, e louvava a Deus” (Lc 13:10-13).

O contexto do capítulo fala dos judeus rejeitando seu Messias, portanto não fica difícil identificar o que representa esta mulher. Em Romanos 10:11 Paulo cita uma profecia a respeito de Israel: “Suas costas fiquem encurvadas para sempre”. O Senhor chama a mulher de “filha de Abraão” (Lc 13:16). Em Gálatas 3:7 diz que “os que são da fé, estes é que são filhos de Abraão”. Apesar de sua fé genuína ela sofria as consequências do pecado e do estado geral de incredulidade de sua nação, do mesmo modo como todo verdadeiro crente no Senhor Jesus hoje sofre por causa da apostasia que vai tomando conta da cristandade.

O Senhor diz que “Satanás a mantinha presa”, revelando sob o jugo de quem os judeus haviam se colocado. A indignação do dirigente da sinagoga pela cura ter sido no sábado não tinha fundamento, pois Levítico 23:7 proibia os israelitas apenas de executarem “trabalho servil” no sábado, isto é, aquele feito com finalidade de salário ou lucro. Mas o líder da sinagoga insiste: “Há seis dias em que se deve trabalhar. Venham para ser curados nesses dias, e não no sábado” (Lc 13:14). Ele diz isso como se pudesse curar nos outros dias da semana. Se pudesse, ela não estaria ali esperando há dezoito anos.

Jesus repreende os judeus: “Hipócritas! Cada um de vocês não desamarra no sábado o seu boi ou jumento do estábulo e o leva dali para dar-lhe água? Então, esta mulher, uma filha de Abraão a quem Satanás mantinha presa por dezoito longos anos, não deveria no dia de sábado ser libertada daquilo que a prendia?” (Lc 13:15-16). Eles tinham misericórdia de seus animais que davam lucro, mas não tinham escrúpulos em preferir que a mulher continuasse vivendo naquela condição. A ironia de tudo isso é que, enquanto os religiosos judeus reclamavam do Senhor, a mulher “louvava a Deus” (Lc 13:13).

A libertação dela é completa, assim como será completa a libertação de Israel no futuro. Seu corpo ficou ereto e ela deixou de olhar só para a terra e foi capaz de olhar para o céu. Ela estava livre do peso da Lei e dos grilhões de Satanás e o resultado foi glória e louvor. Assim teria acontecido com os judeus se tivessem recebido seu Messias. Mas a incredulidade os mantinha encurvados e incapazes de ver e entender as coisas do céu, e é também a incredulidade que mantêm ainda hoje muitos encurvados sob o jugo da religião, da Lei e de Satanás.

Lucas 13:1-5.



O capítulo 12 do Evangelho de Lucas terminou com o fracasso dos judeus em discernir o tempo da chegada do Messias. Agora o capítulo 13 revela o orgulho individual e nacional do povo. Se você for um dos que acham que quando algo vai mal a alguém isso é porque a pessoa fez algo de errado, o que Jesus diz serve para você. E para mim também, pois não existe um ser humano que não goste de apontar o dedo para as falhas dos outros para desviar a atenção de si mesmo.

Os judeus vão a Jesus contar dos galileus aos quais Pilatos teria mandado matar enquanto ofereciam sacrifícios a Deus. A intenção deles é maliciosa, e Jesus percebe isso. Os habitantes da Judeia não toleravam os da Galileia e os consideravam inferiores. O comentário de Natanael no Evangelho de João sobre Nazaré, cidade da Galileia, revela a opinião comum na Judeia. Quando Filipe avisou Natanael que tinha encontrado Jesus de Nazaré, cidade da Galileia, sua reação foi: “Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?” (Jo 1:46).

Jesus não se limita a comentar o caso dos galileus, mas acrescenta outro também trágico: o desmoronamento de uma torre em Siloé que causou a morte de dezoito pessoas. Aquele que sonda os corações certamente sabe o que se passa no interior daqueles judeus orgulhosos de seu território, e por isso mostra que os habitantes da Galileia eram tão pecadores quanto os da Judeia:

“Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão. Ou vocês pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão" (Lc 13:1-5).

Ao invés de pensarem na crueldade de Pilatos provavelmente eles estavam levantando suspeitas sobre a conduta das vítimas. No judaísmo, que era um sistema religioso de causa e efeito, bênção e prosperidade eram prometidas como recompensa para a obediência, enquanto para os desobedientes sobravam as adversidades, doenças e morte. Mas Jesus ensina algo que vai muito além do pensamento judeu: aos olhos de Deus, todos -- absolutamente todos -- são igualmente culpados e merecem morrer, a menos que se arrependam.

A carta aos Romanos diz que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus... assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 3:23; 5:12). Você já se enxergou nesse “todos” ou será que é como os da Judeia que se achavam menos culpados que os da Galileia?

Lucas 12:54-56, Voce precisa de colirio?


Um pouco antes Jesus alertava os discípulos da rejeição que sofreriam por segui-lo. Agora ele fala às multidões, uma mescla de judeus crentes e incrédulos: “Quando vocês veem uma nuvem se levantando no ocidente, logo dizem: ‘Vai chover’, e assim acontece. E quando sopra o vento sul, vocês dizem: ‘Vai fazer calor’, e assim ocorre. Hipócritas! Vocês sabem interpretar o aspecto da terra e do céu. Como não sabem interpretar o tempo presente?” (Lc 12:54-56).

Eles eram capazes de julgar os sinais do clima físico, mas não o clima espiritual; viam as nuvens e a chuva, mas estavam cegos para interpretar o “tempo presente”. O juízo estava prestes a vir sobre a nação que levava o testemunho de Deus na terra. Logo depois Jesus diria do Templo: “Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus a visitaria” (Lc 19:44). Esse tempo era o momento da visita do “Emanuel”, nome usado para anunciar o nascimento de Jesus e que significava “Deus conosco”.

Durante séculos o povo esperou pelo Messias e agora o rejeitavam por ele não se encaixar em seus planos. Orgulhosos de sua religião, os judeus estavam cegos para sua própria degradação e ruína. Em outra ocasião eles diriam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém” (Jo 8:33). Eles sequer percebiam que estavam sob o jugo do invasor romano e trabalhavam para o sustento do inimigo. A história se repetiria quando o sistema religioso cristão, batizado profeticamente de “Babilônia”, passasse a se vender como uma prostituta. “Os reis da terra se prostituíram com ela; à custa do seu luxo excessivo os negociantes da terra se enriqueceram” (Ap 18:3).

Assim como aconteceu com Israel, a Igreja falhou miseravelmente como um testemunho de Deus na terra. Dos ricos palácios do Vaticano aos pregadores de prosperidade da TV, passando pelas articulações políticas do protestantismo fundamentalista, tudo na cristandade cheira ao mundano. Ela vive exatamente da mesma maneira que os judeus dos tempos de Jesus: no mundo e para o mundo. Algumas frases das cartas às sete igrejas de Apocalipse resumem a mensagem que Jesus tem para a Igreja hoje: “Sei onde você habita, onde está o trono de Satanás... você tem fama de estar viva, mas está morta... porque você é morna, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-la da minha boca... [você] é miserável, digna de compaixão, pobre, cega e nua.” (Ap 2:13, 3:1, 16-17).

E você? Qual é a sua percepção do testemunho cristão no mundo? Acredita mesmo que está tudo bem e cada vez melhor? Então a receita é a mesma de Apocalipse 3:18: “Compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar”. O lugar que Jesus ocupa hoje, em relação à cristandade, é do lado de fora. Por isso, na continuação, ele diz aos que individualmente querem manter comunhão com ele fora do arraial religioso: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3:20).

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Como surgiu o diabo?


A Bíblia não dá muitas explicações sobre a origem de Satanás, mas obviamente ele foi originalmente um anjo criado por Deus. A porção mais detalhada de sua história pode ser encontrada em Ezequiel 28, onde o profeta fala do Rei de Tiro.
Do versículo 1 ao 10 tudo o que é dito pode ser aplicado a um ser humano, representado ali pelo Rei de Tiro, cujo caráter ímpio e o orgulho de querer ser um deus podem ser atribuídos também ao diabo. A partir do versículo 11 fica claro que o assunto é um ser sobre-humano, o próprio Satanás, que pode estar ali apresentado como aquele que estaria por detrás e energizando o Rei de Tiro humano em suas pretensões. 

No versículo 12 vemos que o diabo foi criado em perfeição, cheio de sabedoria e formosura. No vers. 13 ele desfrutou do privilégio de estar no Jardim do Éden. Diz também que ele foi adornado com pedras preciosas. No vers. 14 é chamado de "querubim ungido" um título de proeminência, com livre acesso à presença de Deus. Porém, apesar de ter sido criado sem pecado, ele pecou por orgulhar-se do que era (vers. 15). Como consequência do seu pecado, Satanás perdeu sua posição elevada e foi lançado fora da habitação de Deus e julgado, sendo finalmente lançado em terra (como costuma acontecer na profecia, aqui o futuro pode estar mesclado com o passado em relação ao ponto que nós hoje ocupamos na história).

Portanto Satanás foi criado por Deus (inclua-se aí o Pai, o Filho e o Espírito Santo) e recebeu também de Deus sua posição, autoridade e poder (Cl 1:15-16). Juntamente com os demais anjos, ele foi criado antes de Deus criar a terra ("Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?", veja que em Jó 38 os anjos, chamados ali de "filhos de Deus", assistiram a criação da terra).

A queda de Satanás se deu em algum momento depois da criação do versículo 1 de Gênesis 1, e antes da criação (ou restauração) descrita a partir do versículo 3 de Gênesis, já que no versículo 2 encontramos a terra "sem forma e vazia" ou, numa tradução literal, um verdadeiro caos em um universo privado de luz que incluía ainda um abismo (sem forma, vazia, trevas e abismo são elementos estranhos à perfeição de Deus e sempre estão associados ao pecado e à ruína). Sabemos que Deus não criou a terra assim, pois isto nos é dito em Isaías:

Gên 1:1-2  No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.  

Isa 45:18 Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR e não há outro.

Linguagem semelhante de uma terra devastada em razão de uma queda ou pecado pode ser encontrada quando Deus fala da ruína de Judá:

Jer 4:22 (ou 23 em algumas versões) Observei a terra, e eis que era sem forma e vazia; também os céus, e não tinham a sua luz.

Portanto, numa cronologia de conjecturas pessoais, eu diria que 1) Deus criou os anjos, o Universo, a terra, e seres que a habitassem (não sabemos como eram); 2) Satanás se rebelou levando consigo outros anjos e seres, talvez os habitantes da terra de então, que hoje são chamados de demônios ou espíritos imundos (as florestas e animais que deram origem aos fósseis podem ser dessa época); 3) caiu juízo de Deus sobre os anjos, espíritos imundos e a terra, e o Universo mergulhou em um estado de caos e escuridão por incontáveis eras; 4) Deus chamou a luz de volta à cena e passou a restaurar a terra nos seis dias descritos em Gênesis para ser a habitação do homem.

Os anjos foram todos criados apenas uma vez, portanto os de hoje são os mesmos que sempre existiram, já que não têm condições de procriarem entre eles. Porém alguns podem ter assumido a forma humana, o que lhes permitiu procriar com mulheres humanas, conforme nos é mostrado em Gênesis 6, numa união descrita como "filhos de Deus" com "filhas dos homens", dando origem a seres humanos dotados de poderes especiais. Podem vir daí as lendas de "deuses" dos antigos gregos, romanos, egípcios, indianos etc (Gn 6:4). Deus condenou os anjos que agiram assim e estão presos no abismo (2 Pd 2:4, Jd 1:6), enquanto seus descendentes acabaram destruídos pelo dilúvio (Gn 6:7).

O termo "filho de Deus" é usado na Bíblia para as criaturas produzidas a partir de uma ação direta de Deus, como os anjos (Jó 1:6, 38:7) e Adão (Lc 3:38 - originário de Deus). Jesus é Deus, o Filho Eterno de Deus, portanto sempre existiu nessa condição sem nunca ter sido criado (ele é criador), mas em sua humanidade e num corpo de carne ele é chamado de Filho de Deus, por ter sigo gerado do Espírito Santo de Deus no ventre de Maria (Lc 1:35). Os que nascem de novo pela fé em Jesus também são chamados de filhos de Deus (Jo 1:12), aos quais Jesus, depois de ressuscitado e referindo-se à nova vida em ressurreição que eles têm, os chama de "irmãos" (Jo 20:17, Hb 2:11). Fora isso, ninguém mais pode ser chamado de "filho de Deus" (a popular frase "eu também sou filho de Deus" só poderia ser dita por anjos, por Adão, por Jesus e pelos que verdadeiramente creem em Cristo, mais ninguém).

Não sabemos o número de anjos que estão por aí, mas podemos dividi-los entre os que nunca se rebelaram, os que se rebelaram, porém ainda estão livres dividindo seu tempo entre as regiões celestiais e a terra (Satanás é visto com acesso a Deus em Jó 1:6), e os que estão presos no abismo. Há também os demônios ou espíritos malignos, que parecem ser uma diferente espécie de seres espirituais, que temem serem lançados no abismo onde estão os anjos que deixaram sua forma original (Lc 8:31).

Como evangelizar meus filhos?


 Se voce esta preocupada com sua filha que é jovem e se recusa a ouvir você falar do evangelho. Ela está simplesmente seguindo a onda atual, que é querer mostrar independência e autossuficiência (inclusive nas coisas eternas). O jovem não tem senso de finitude como tem um idoso, pois acredita que a morte é a exceção, não a regra da vida. Na cabeça da maioria das pessoas, quem morre é sempre o outro. Por isso o jovem não se preocupa muito com as coisas eternas, pois a imagem que tem é que isso é coisa de velhos. Obviamente é, porque o idoso sabe que seu relógio está agora em contagem regressiva.



De qualquer modo não se desespere e nem considere sua filha um caso perdido. Lembre-se de que não faz muito tempo você mesma estava tão perdida e alheia às coisas de Deus quanto ela, talvez não de modo a verbalizar sua incredulidade, mas mesmo assim tão perdida quanto. Muitas esposas, esposos, pais e filhos crentes não terão a oportunidade de testemunhar a conversão de seus queridos enquanto estiverem vivos, mas acabarão encontrando-os no céu. Agarre-se à promessa feita por Paulo ao carcereiro de Filipos:

"E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa" At 16:30-31

Procure conversar com ela e falar do evangelho de forma clara e simples. O evangelho é basicamente o que você encontra nos primeiros versículos de 1 Coríntios 15, que Cristo morreu e Cristo ressuscitou. Muito cuidado para não despejar em sua filha um caminhão de versículos que possam até ser bonitos e motivadores, mas que não dão qualquer pista do caminho da salvação.

Por exemplo, um versículo campeão até entre incrédulos é "O Senhor e o meu pastor, nada me faltará" (Sl 23:1). Bíblias abertas na sala de casas ou escritórios costumam estar na página deste Salmo, pois muitos enxergam isso como um "pé de coelho", tipo um amuleto para dar sorte. O que a maioria das pessoas vê no versículo é apenas a parte que diz "nada me faltará", pois é o que agrada ao ser humano.

Mas poucos pensam nas implicações de se afirmar "o Senhor é o meu Pastor", pois não sabem que para Cristo realmente ser o Pastor de alguém é preciso que essa pessoa seja ovelha dele, tenha se reconhecido pecadora e se prostrado por fé aos pés do Salvador, arrependida de seus pecados e confiando que o seu sangue derramado na cruz foi suficiente para limpá-la, e sua ressurreição a provisão de Deus para justificá-la.

Afirmar meramente "o Senhor é o meu Pastor", sem realmente crer nele, é colocar-se de modo informal e exterior sob o senhorio de Cristo, ou seja, adotar para si todas as responsabilidades que recaem sobre aqueles que não ignoram os desígnios de Deus. Sabe aquelas frases de filmes policiais, "tudo o que você disser poderá ser usado contra você"?. Pois é, tal pessoa, mesmo que não se converta de verdade, ao afirmar "o Senhor é o meu Pastor" estará se colocando sob a responsabilidade da passagem que diz:

"E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado.E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá" (Lc 12:47-48).

Outra página campeã das Bíblias abertas na sala é o Salmo 91: "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará". O Salmo segue com diversas promessas para aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, como proteção dos inimigos, das doenças, do medo e terror, da morte, do mal, da praga, além da sensação de poder que transmite frases como "mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegarão a ti", ou "pisarás o leão e a cobra, calcarás aos pés o filho do leão e a serpente".

Ou seja, se a pessoa não entender com clareza que "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo" é o próprio Senhor Jesus, o Único que tem direito a essa posição, e que é somente estando nele que alguém pode ter tais promessas, acabará lendo esse Salmo como se fosse um mantra ou uma fórmula mágica não muito diferente das usadas em feitiçarias.

É preciso lembrar que, em se tratando de promessas bíblicas, "todas quantas promessas há de Deus, são NELE (em Jesus) sim, e por ELE (por Jesus) o Amém, para glória de Deus" (2 Co 1:20). A menos que a pessoa esteja pela fé em Cristo, salva e perdoada por ele, não poderá contar com quaisquer promessas bíblicas, por mais bonitas e motivadoras que possam parecer.

Conheco filhos de pastores  que nao querem  nem ouvir falar de Jesus, mas não se deixe levar por aquilo que uma pessoa incrédula diz, porque obviamente nenhum de nós queria ouvir falar de Cristo antes de nossa conversão. Se parecíamos querer, isso nada mais era do que educação, curiosidade ou alguma influência religiosa que via a Jesus como mais um dentre os muitos "gurus", "santos" e "iluminados" da história, como era o meu caso antes de minha conversão.

Alguém sugeriu (dizem ter sido São Francisco de Assis): "Pregue o evangelho e, se precisar, use palavras". Com isto ele quis dizer que em alguns casos, e principalmente quando as palavras parecem não fazer mais efeito, o testemunho de uma vida cristã pode falar mais alto do que muito falatório. Isto é o que ensina Pedro em sua carta ao falar das mulheres crentes casadas com homens incrédulos, que obviamente não gostam muito de ouvir da Palavra de Deus:

"Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; Considerando a vossa vida casta, em temor. (1 Pe 3:1-2)

Mas eu entendo que neste caso essa mulher provavelmente já tenha falado de Cristo para seu cônjuge, porém para evitar atritos acabe "pregando" depois com seu modo de proceder.

Lembre-se sempre de que o evangelho (as boas novas de que Cristo morreu para pagar nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação) "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16) e "a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar" (Rm 4:12-13).

Portanto, é importante que em algum momento a pessoa tenha escutado a Palavra, pois o poder não está em quem prega a Palavra, mas na própria Palavra. É um poder sobrenatural e colocado em ação numa alma por meio do Espírito Santo, como a espada que tudo penetra e deixa evidente cada detalhe das vísceras do pecador. Ao entrar em contato com a Palavra a consciência do pecador não fica imune a esse contato. Apesar de Deus ter entregue a seres humanos a tarefa de divulgar as boas novas, todo o processo de conversão vem de Deus, não do homem, para que toda a glória também seja dada a Ele.

Existem algumas dicas práticas para se levar alguém da família a ter contato com a Palavra de Deus. Uma é sutilmente introduzir alguns versículos evangelísticos na decoração de sua casa, colocar um calendário de versículos evangelísticos na parede da cozinha, "esquecer" algum folheto ou livro em algum lugar da casa (o banheiro é ótimo para isso) e sempre regar todas essas estratégias com muita oração.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Seja curioso e leia a Biblia.


Lucas 12: 40-44

A lição deste capítulo 12 de Lucas continua mostrando que não estamos aqui apenas esperando pela vinda do Senhor, mas vigiando e trabalhando. Um vigia não pode cochilar, caso contrário é pego de surpresa. Além da admoestação para vigiarmos (Lc 12:37) existem outras características daquele que realmente vive na expectativa de encontrar-se com Jesus a qualquer momento. Ele diz:

“Estejam também vocês preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que não o esperam... Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido? Feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens” (Lc 12:40-44). Portanto, devemos estar preparados, isto é, sempre prontos, pois não sabemos quando o Senhor virá nos buscar. Se você depende da carona de seu amigo que vai passar em sua casa para pegá-lo, o que você faz? Deixa para se aprontar quando seu amigo estiver buzinando no portão ou fica de prontidão?

Deus avisou os israelitas no Egito que deviam se aprontar para sair dali imediatamente após comerem o cordeiro assado no fogo -- uma figura de Cristo sacrificado em lugar do pecador. Deus disse a eles: “Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente” (Êx 12:11). Não sei se existe outro lugar na Bíblia que mostre tamanho senso de urgência. Afinal, você consegue imaginar pessoas comendo com uma mão e segurando um cajado na outra?

Outra exortação para aquele que espera é que seja como um “administrador fiel e sensato”, encarregado de alimentar e cuidar daqueles que o seu Senhor colocou sob sua responsabilidade. Mas como alimentar outros com a Palavra de Deus se nós mesmos não nos alimentarmos dela todos os dias? E se não soubermos administrar o que temos nesta vida, como iremos administrar as coisas do Senhor no futuro? “Com ele reinaremos”, diz 2 Timóteo 2:12, portanto “feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens” (Lc 12:43-44). 

Portanto, quando o Senhor vier, não irá querer nos encontrar ociosos, e sim ocupados com os interesses dele. Alguns cristãos sentem arrepios quando ouvem falar de boas obras, e vão logo disparando versículos que afirmam que não somos salvos por obras, o que é verdade. Mas somos salvos para um propósito, e este é claramente indicado após o versículo de Efésios 2 que diz que somos “salvos pela graça, por meio da fé... não por obras, para que ninguém se glorie. Somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos” (Ef 2:8-10). 

Comer, beber e alegrar-se. Lucas 12:45-46.


Por três vezes neste capítulo Jesus falar de comer, beber e alegrar-se. A primeira, no versículo 19, expressa o desejo do fazendeiro rico, que quer aumentar seus celeiros para garantir uma vida sossegada. Ele diz a si mesmo “coma, beba e alegre-se” (Lc 12:19), sem saber que irá morrer. Ele quer assegurar uma aposentadoria feliz, o que é perfeitamente lícito. O problema está em excluir Deus de seus planos e confiar em sua própria capacidade. Ele pode até ser um bom cidadão, que cuida de sua família, gera empregos e faz caridade, mas Jesus o chama de “louco” ou “insensato”. Por quê?

Porque loucos são os que “tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível... Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador” (Rm 1:21-25).

Embora Romanos 1:21-25 esteja falando dos pagãos, a descrição serve para todos os que idolatram a capacidade humana e vivem em função das coisas criadas. Nesta classe estão os céticos, ateus, humanistas, racionalistas, hedonistas ou quem quer que viva uma vida de indiferença para com Deus, ainda que seja politicamente correto e se preocupe com o ser humano, a comunidade e a salvação do planeta. Alguns acrescentam ao seu humanismo uma pitada de espiritualidade e vivem a vida apenas para comer, rezar e amar.

No versículo 37 de Lucas 12 é a vez dos verdadeiros servos desfrutarem por graça aquilo que o rico buscou obter pelo esforço. Destes, Jesus diz: “Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los” (Lc 12:37). Existe um tempo de descanso, satisfação e alegria para quem crê em Jesus e espera por ele. Mesmo que passe por dificuldades e necessidades nesta vida, ele comerá, beberá e se alegrará quando for servido pelo próprio Senhor.

A próxima passagem sobre comer, beber e alegrar-se é a do falso servo no versículo 45. Ali diz: “‘Meu senhor se demora a voltar’, e então começa a bater nos servos e nas servas, a comer, a beber e a embriagar-se.” (Lc 12:45). Este é o religioso que nunca se converteu, mas chama Jesus de Senhor. Ele não liga para a vinda de Cristo e é pior que o ímpio, que quer apenas comer, beber e se divertir. Ele quer embriagar-se, e é o que acontece com quem detém o poder religioso. Como um ébrio insensível, ele não tem escrúpulos em massacrar as ovelhas que apascenta. Mas sua sentença é clara: “O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe, e o punirá severamente e lhe dará um lugar com os infiéis” (Lc 12:47). Ou seja, o seu destino é o lago de fogo.









segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O dono da casa e o ladrao. lucas 12:39


 Nos versículos 37 e 38 deste capítulo 12 de Lucas Jesus chama de “servos” aqueles que esperam por sua vinda iminente, mas a linguagem muda no versículo 39. Agora ele apresenta outro tipo, que chama de “dono da casa”, antes de exortar os discípulos a estarem preparados para sua vinda. Ele diz: “Entendam, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não permitiria que a sua casa fosse arrombada. Estejam também vocês preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que não o esperam” (Lc 12:39-40).

Em 1 Timóteo 3:15 Paulo chama o testemunho cristão de “casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade”. Porém em 2 Timóteo 2:20 aquela casa é vista em um estado de degradação como uma “grande casa” na qual “há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos”. O mesmo que os líderes do judaísmo fizeram com a casa de Deus de então, os cristãos fizeram com o a casa de Deus na atual dispensação. Em Lucas 19, enquanto expulsava os vendedores do Templo, Jesus dizia: “Está escrito: ‘A minha casa será casa de oração’; mas vocês fizeram dela um covil de ladrões” (Lc 19:46).

Por causa da volúpia por riquezas e poder, a imagem que o mundo tem hoje do cristianismo é muito diferente daquela encontrada nos primeiros cristãos. Neste capítulo Jesus diz que “onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração” (Lc 12:34), isto é, o tesouro é o imã que atrai o coração. Ao adotar para si as bênçãos terrenas que eram prometidas a Israel, a Igreja colocou o seu foco no acúmulo de tesouros terrenos. Não foram os pregadores do evangelho da prosperidade que inventaram isso, mas foi o comportamento adotado desde o terceiro século, quando os cristãos deixaram de ser perseguidos para se transformarem em perseguidores.

O patrimônio da cristandade é imenso, se somarmos as riquezas de suas organizações. Não é de admirar que, no último estágio do testemunho cristão no mundo, representado por “Laodicéia” em Apocalipse 3, ela se considera rica e bem suprida. Mas a opinião do Senhor é outra: “[Você] é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu. Dou-lhe este aconselho: Compre de mim ouro refinado no fogo e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para cobrir a sua vergonhosa nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar” (Ap 3:17-18).

O caráter de “dono da casa”, usado pelo Senhor em sua parábola, cai muito bem para aqueles que apenas professam ser cristãos e também para a cristandade institucional. Para estes a vinda de Cristo será como a chegada inesperada de um ladrão e irá pegá-los de surpresa, causando a perda de tudo o que juntaram aqui.

domingo, 29 de setembro de 2013

Meia noite! lucas 12:37-38


 O capítulo 12 de Lucas nos exorta a vivermos na expectativa da vinda iminente de Jesus, justamente por não sabermos quando será. Ele diz: “Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, os encontre vigilantes... Quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar” (Lc 12:37-38). Em Marcos 13:35 ele fala das quatro vigílias usadas na época: “...à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer”. Porém aqui apenas duas são mencionadas, a da “meia-noite” e a do “cantar do galo”, pois o assunto é sua vinda para os seus, e não para o mundo.

A vigília da “meia-noite” é mencionada na parábola das dez virgens, que nos fala da responsabilidade dos que levam o testemunho de Deus na terra, sejam genuínos ou falsos; com ou sem o azeite do Espírito. Mateus 25:6 diz que “À meia-noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo se aproxima!’”. Este aviso a todas as virgens foi dado há cerca de duzentos anos, quando muitos cristãos voltaram a pregar que Jesus voltaria a qualquer momento para arrebatar sua Igreja.

A Teologia do Pacto, adotada até então por católicos e protestantes, não tinha qualquer preocupação com a vinda iminente de Jesus. Por considerar a Igreja como a legítima sucessora de Israel, portanto beneficiária das bênçãos terrenas prometidas àquele povo, durante séculos o foco da cristandade esteve em conquistar o mundo para a Igreja e não as pessoas para Cristo. O objetivo era preparar o mundo para Jesus poder vir reinar. Nessa visão não havia lugar para a ideia de Jesus vir buscar sua Igreja a fim de levá-la para o céu.

No século 19 foram restauradas algumas verdades das Escrituras que estavam perdidas sob o entulho de dogmas católicos e protestantes. Uma delas foi a posição singular da Igreja como algo totalmente novo, e não como sucessora de Israel. Ao contrário do Israel terreno, a Igreja teve sua origem no céu com a vinda do Espírito Santo do céu, e estava destinada a ser levada de volta para o céu com a retirada do Espírito deste mundo. Isto foi chamado de arrebatamento da Igreja, ou a vinda de Jesus para encontrar o seu povo nos ares, não no chão.

Portanto a partir do século 19 os cristãos voltaram a esperar por Jesus para tirá-los do mundo, não pela morte, mas no arrebatamento. A redescoberta desta verdade teve efeitos colaterais tanto na evangelização quanto na política mundial. Se Jesus podia voltar a qualquer momento era importante levar o evangelho o mais rápido possível a mais pessoas, e este sentimento impulsionou a evangelização dos povos pagãos. Além disso, o conhecimento de que a Igreja não era sucessora de Israel, e que a antiga nação ainda teria suas promessas realizadas, gerou um movimento em prol da volta dos judeus à sua terra.

Obviamente os que se consideravam “donos da casa” da cristandade não viam com bons olhos estas ideias.

O dia e a hora nimguem sabe! lucas 12:37-38


 Ao contrário do que muitos falsos profetas têm feito, não encontramos na Bíblia qualquer autorização para determinar o momento exato da vinda de Jesus. Em Marcos 13:32 o Senhor diz: “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai”. Por causa desta passagem alguns colocam em dúvida a divindade de Jesus. Se ele era Deus, como poderia desconhecer o dia e a hora de sua própria vinda?

Mas um versículo em João 15:15 indica que “o servo não sabe o que o seu senhor faz”, e era neste caráter que Jesus estava no mundo. Filipenses 2:6-7 diz que “Cristo Jesus... embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens”. Como Deus ele sabia, mas como servo não lhe era dado saber, principalmente se a finalidade fosse revelar isso a outros.

Atos 1:6-7, embora se referindo aos discípulos, ajuda a entender a competência que cada um tem conforme sua posição e autoridade. Ali diz: “Então os que estavam reunidos lhe perguntaram: ‘Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?’ Ele lhes respondeu: ‘Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade’”.

Com base nisto podemos dizer que a Jesus, o Filho, em seu caráter de Servo, não competia saber a data de sua vinda, pois tal conhecimento era da competência exclusiva do Pai. Se Jesus usasse de sua prerrogativa de ser Deus para revelar a data de sua vinda, estaria passando por cima da autoridade do Pai. Vemos que isto jamais aconteceria, pois ele próprio disse: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou” (Jo 6:38).

Sua submissão ao Pai era tamanha que até aquilo que ele tinha poder para fazer preferiu deixar que o Pai fizesse. Em João 10:18, ao falar de sua morte e ressurreição, Jesus revela ter autoridade ou poder para entregar sua vida e voltar a tomá-la, isto é, ressuscitar. Ele diz: “Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem [ou mandato] recebi de meu Pai”. Todavia ele não fez uso desse poder, como Paulo revela: “Deus Pai... o ressuscitou dos mortos” (Gl 1:1).

Portanto qualquer especulação em torno de datas é querer passar por cima da autoridade do Pai. Mesmo assim, temos indícios de que estamos nos últimos dias pois vemos o testemunho de Deus no mundo se deteriorando, e esta sempre foi uma característica de mudança de era ou dispensação. Sempre que Deus confia ao homem alguma responsabilidade as coisas começam bem e terminam mal.

O grande Juiz. lucas 12:37


 Se você já foi salvo por Cristo deve viver agora como um servo que aguarda ansioso pela volta de seu Senhor. Para os seus ele voltará para servi-los. Ele diz: “Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los” (Lc 12:37). “Ele se vestirá para servir” indica uma roupagem que nada tem a ver com a roupa de um juiz, que é como ele virá vestido para o mundo em geral.

Em Apocalipse 1:13-17, João descreve as vestes de Jesus em seu caráter de um juiz severo, e elas nada tem a ver com este manso Senhor que volta como se fosse um garçom para acomodar os seus confortavelmente reclinados à mesa e servi-los. O caráter do Senhor como o Juiz que virá para julgar o mundo pode ser visto no capítulo 1 de Apocalipse quando o Senhor apareceu ao apóstolo João numa roupagem de meter medo.

Ele trazia “uma veste que chegava aos seus pés”, semelhante à toga que vemos os juízes usarem nos tribunais. Também “um cinturão de ouro ao redor do peito” simbolizando a justiça e fidelidade com que ele julga, como em Isaías 11:5, que diz: “A retidão será a faixa de seu peito, e a fidelidade o seu cinturão”. “Sua cabeça e seus cabelos... brancos como a lã” representam sua eternidade, além da experiência e sabedoria de um ancião, como ele é visto também em Daniel 7:9.

“Seus olhos... como chama de fogo” nos falam de um conhecimento perfeito, de um discernimento infalível e de um escrutínio profundo. Você ficaria à vontade diante de alguém com olhos de fogo? “Seus pés... como o bronze numa fornalha ardente” mostram sua função judicial, pois o fogo prova todas as coisas. Sua voz é como “o som de muitas águas”. Será que alguém conseguiria se fazer ouvir diante do bramido das poderosas ondas do mar?

Em Gênesis vemos que os astros e estrelas foram criados para governar, e é o que representam as “sete estrelas” que Jesus tem na mão direita. Todo o governo está em suas mãos, a quem pertence todo poder, controle e honra. A “espada afiada de dois gumes”, que João vê sair de sua boca, é a Palavra de Deus, pela qual todos serão julgados. Finalmente, sua face “como o sol quando brilha em todo o seu fulgor” revela a glória da sua divindade (Ap 1:13-17).

Felizmente não será esta a visão que os salvos terão de seu Senhor. Para estes, como diz nosso capítulo em Lucas, ele virá vestido para servir e dar descanso. Obviamente o apóstolo João estava salvo quando Jesus lhe apareceu numa visão apenas para mostrar como virá para o mundo. Mesmo assim, para tranquilizar João, ele colocou sua mão direita sobre o apóstolo e disse: “Não tenha medo”.

E você, como espera por Jesus? Ansioso que ele volte para você ser servido por ele, ou aterrorizado pela expectativa de ele voltar para você ser julgado?

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A igreja envia missionarios?

Fiz uma busca na Bíblia e não encontrei a palavra "missionário", porém encontrei as passagens que vou acrescentar no final, que falam de diferentes pessoas que se dedicavam à obra do Senhor de diferentes maneiras. Muitos me perguntam sobre pessoas dedicadas em tempo integral ou talvez em parte ao trabalho de pregação do evangelho, visitar irmãos, auxiliar os necessitados etc. Você verá que todos os mencionados nas passagens de um modo ou de outro faziam isso.

A distorção ocorre quando comparamos isto com títulos como o de "Missionário" ou "Missionária", adotados por pessoas como se fosse uma profissão. Sei de irmãos que se dedicam em tempo integral à obra do Senhor e que, quando indagados por algum incrédulo do que fazem, respondem "Sou missionário", porque é mais fácil assim do que explicar tudo o que vou explicar abaixo.

Quando Cristo subiu aos céus ele deu dons aos homens, e o modo como utilizam de seus dons pode ser em tempo integral, em tempo parcial, ou nunca, como fez o homem da parábola que enterrou o dinheiro que seu senhor havia confiado em suas mãos. Mas esses dons não estão sujeitos a homens, mas só ao Senhor, e é o Espírito Santo que envia aqueles que Ele deseja enviar, aonde quer que vão, o que devem e com quem se encontrar.

Ats_13:2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

Ats 8:26 E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta.

Ats_8:29 E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro.

Ats_10:19 E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três homens te buscam.

Ats_11:12 E disse-me o Espírito que fosse com eles, nada duvidando; e também estes seis irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele homem;

Fica muito claro que não é um homem, uma junta de homens, uma igreja ou organização missionária que envia, mas o próprio Deus, o Senhor e o Espírito Santo. Mas quando o homem se faz surdo aos apelos do Senhor, pode ser que Deus use das circunstâncias que lhe apraz para colocar os seus em movimento a fim de que façam a sua obra.

Assim foi no princípio, quando depois de ter ficado claro que Deus queria que o evangelho fosse pregado em todos os lugares, inclusive aos gentios como Pedro aprendeu com o episódio de Cornélio, os judeus convertidos continuaram confortavelmente instalados em Jerusalém, sem planos de ir além de seus territórios. Deus usou da perseguição para fazê-los andar.

Ats 11:19-21 E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns homens cíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor.

Você talvez observe que no versículo seguinte (22) diz que a notícia chegou a Jerusalém e enviaram Barnabé a Antioquia. Barnabé e Saulo já trabalhavam neste sentido antes, portanto entendo que esse "enviou" significa que a igreja em Jerusalém teve comunhão com eles na missão que já haviam recebido do Espírito Santo. Aí sim, podemos ver Deus usar de uma assembleia local ou mesmo de alguma organização para "enviar" (no sentido de ter comunhão) alguém para alguma atividade relacionada à obra de Deus. Estes links podem esclarecer melhor isto:

Mas quando lemos este versículo em 1 Coríntios vemos que nem mesmo o apóstolo Paulo, com a influência que tinha, sabia que não devia partir dele uma ordem para que um irmão saísse na obra:

1Co 16:12 E, acerca do irmão Apolo, roguei-lhe muito que fosse com os irmãos ter convosco, mas, na verdade, não teve vontade de ir agora; irá, porém, quando se lhe oferecer boa ocasião.

Deixo você agora com as passagens que mencionei e que mostram que todo cristão pode ser um "missionário" na esfera que Deus o colocar. Mas em nenhum momento um cristão sincero e conhecedor de onde vem suas ordens e o poder para trabalhar irá chamar-se a si mesmo "missionário" do mesmo modo como na vida secular alguém pode dizer de si "doutor" ou "professor" ou "diretor" etc. Nas coisas de Deus sabemos que nada vem de nós, não somos enviados por homens e nem devemos satisfação a homens, quando o assunto são os dons. Mas estes, obviamente, só podem ser utilizados em amor.

1Co_15:58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.

1Co_16:10 E, se Timóteo for, vede que esteja sem temor convosco; porque trabalha na obra do Senhor, como eu também.

1Co_16:16 Que também vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha.

1Tm_5:18 Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário.

2Tm_2:15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

Rom_16:6 Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós.

Rom_16:12 Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Saudai à amada Pérside, a qual muito trabalhou no Senhor.

Flp_4:3 E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.

Rom_16:1 Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia,

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Idolatria, a derrota do crente!


 Mateus 22:34-38


No final do capítulo 22 de Mateus os fariseus tentam outra vez fazer Jesus tropeçar em alguma palavra. Agora é a vez de um teólogo da época. Ele pergunta: "Mestre, qual é o grande mandamento da lei?"

Jesus responde: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento". O evangelho de Marcos acrescenta "de todas as tuas forças". Isso abrange a totalidade do nosso ser: emoção, ânimo, intelecto e vigor. Se este é o grande mandamento, o grande pecado é amar assim qualquer outra coisa. 

O homem moderno, que assiste o Discovery Channel, se acha mais evoluído do que as pessoas mostradas nos documentários adorando uma pedra, uma vaca ou um guru senil. O problema é que você pode ser idólatra de terno e gravata e com um pós doutorado no currículo. Basta confiar em qualquer coisa que não seja Deus.

Você só se sente seguro com os bolsos cheios? O dinheiro é seu deus. Perdeu a vontade de viver porque levou um fora da garota? Queime incenso no altar dela. É na academia e na dieta que está sua garantia de vida eterna? Cante louvores à balança. Aquilo que você mais ama, em que mais confia, no que aposta todas as suas fichas, esse é o ídolo ao qual você dá o crédito por sua segurança, felicidade e bem estar.

Idolatria é ser controlado por qualquer outra coisa que não seja Deus. Escolhemos nossos ídolos e nem nos damos conta do quanto acabamos controlados por eles. Todas as coisas que consideramos a razão de nosso viver, das quais dependemos e nas quais confiamos, isso é o nosso panteão, o nosso Olimpo, o altar de nossos sacrifícios.

Nossa má conduta também revela quem está no controle. Quando você comete um pecado, como por exemplo a mentira, está confiando em seus próprios instintos, esquemas e raciocínios, ao invés de confiar em Deus. Quando se deixa levar pelas tentações, idem. Você dispensa Deus e entrega o controle a elas. 

Talvez não exista um culto mais freqüentado pelo homem moderno do que o culto à vontade própria. Vivemos prostrados diante do altar de nossos caprichos cantando o mantra: "Eu mereço ser feliz". Isso nos torna indulgentes para com nossas manias e iguais a aborígines que alimentam de oferendas um hipopótamo mal acostumado. 

O moderno espiritualismo nos leva a acreditar que a solução para tudo, inclusive nossa salvação eterna, esteja em nós. Aí achamos que somos bons por natureza ou que os possíveis defeitos e pecados possam ser sanados por uma boa dose de boas ações e espiritualidade. 

Quando pensamos assim estamos de costas para Deus, para aquele que quer ter 100% do controle de nossa vida e vontade, para poder resolver 100% de nossos problemas, a começar pelo primeiro: a purificação de nossos pecados feita há 2 mil anos na cruz.

Galatas 2:11-14




Vamos  dar uma olhada na carta do apóstolo Paulo aos Gálatas, os cristãos que viviam na Galácia. Nela Paulo conta de um encontro que teve com o apóstolo Pedro dizendo assim:

"Quando Pedro veio a Antioquia, enfrentei-o face a face, por sua atitude condenável. Pois, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios" - isto é, cristãos não judeus. "Quando, porém, eles chegaram, afastou-se e separou-se dos gentios, temendo os que eram da circuncisão" - isto é, os judeus convertidos a Cristo que achavam que ainda deviam obedecer a Lei do Antigo Testamento. 

Paulo continua: "Os demais judeus se uniram a ele nessa hipocrisia, de modo que até Barnabé se deixou levar. Quando vi que não estavam andando de acordo com a verdade do evangelho, declarei a Pedro, diante de todos: 'Você é judeu, mas vive como gentio e não como judeu. Portanto, como pode obrigar gentios a viverem como judeus?'"

Você já percebeu que havia uma diferença de opiniões aí. Os judeus que se convertiam a Jesus queriam continuar seguindo os mandamentos do Antigo Testamento, guardando o sábado, dando o dízimo, circuncidando seus filhos etc. Tudo isso tinha valido para Israel, mas agora eles eram Igreja. A carta aos Gálatas é uma carta dura, porque os próprios cristãos da Galácia tinham caído nesse engano de acreditar que a salvação vinha pela obediência aos mandamentos.

Aqui Paulo conta como repreendeu particularmente o apóstolo Pedro por agir com hipocrisia. Pedro conhecia a verdade e entendia a diferença, mas com medo de desagradar os judeus convertidos que insistiam na manutenção da velha ordem de coisas, Pedro se afastava de seus irmãos gentios quando seus irmãos judeus estavam por perto. E ainda por cima queria obrigar os gentios a viverem como judeus quando ele próprio, Pedro, já não vivia mais assim.

Pedro era um homem como qualquer um de nós; não tinha nada de infalível e estava sujeito às mesmas fraquezas e hipocrisias às quais eu e você estamos sujeitos. Você já quis parecer o que não é só para impressionar? Eu também e Pedro idem. Você já mandou alguém viver de determinada maneira quando você mesmo não vivia assim? Eu também e Pedro idem. Portanto, se tiver que olhar para alguém como seu exemplo, olhe para Jesus. Esse nunca falhou. Esse nunca foi hipócrita. Esse nunca decepcionará você.

Eu, você e todos os seres humanos que já passaram ou estão passando por este planeta somos falhos, e é por isso que não há salvação em nenhum outro além do Filho de Deus. Deus não encontrou um sequer que pudesse morrer pelos pecados do mundo, por isso enviou o Seu Filho e é nele que você deve crer.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Lucas 12:25-28 Pre-destinacao sim, ansiedade nao!




Jesus continua ensinando seus discípulos a dependerem de Deus em tudo. Ele diz: “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão pequena, por que se preocupar com o restante?” (Lc 12:25-26). Então devo deixar que as coisas caiam do céu? Não devo mover uma palha para elas acontecerem? Existem muitas “palhas” que podemos mover, mas nenhum movimento adiantará se não for feito sob a direção de Deus. Por quê? Ora, se eu e você não somos capazes de acrescentar uma hora à nossa vida, por que achar que estamos no controle dela?

Alguma vez você perdeu um dia de escola ou de trabalho por doença, acidente ou morte na família. Você estava no controle dessas coisas? Absolutamente não! Você não foi capaz de fazer coisa alguma para impedir ou alterar essa situação. Você nem mesmo escolheu nascer neste país, ou ter o corpo que tem. Você não escolheu quem seriam seus pais, ou se nasceria saudável. Se você não tem controle sobre estas coisas, por que pensaria estar no controle das outras?

“Observem como crescem os lírios”, diz Jesus. “Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais vestirá vocês, homens de pequena fé!” (Lc 12:27-28). Este é o segredo: fé! E na Bíblia há muitos exemplos de homens e mulheres de fé, como Noé e sua esposa, figuras do crente em um mundo destinado juízo.

Com quê Noé estava ocupado? Certamente não com a melhoria do mundo para sua família, mas com a salvação de si mesmo, de sua família e de qualquer um que acreditasse na mensagem que pregava. Noé era um pregador da justiça divina, avisando a todos do dilúvio que viria e mostrando na prática que cria no que Deus disse. A enorme arca construída em terra seca antes de cair a primeira chuva era visível a todos. Naquele tempo os seres humanos viviam mais e Noé devia ter uns 480 anos quando foi avisado por Deus do juízo que viria e recebeu instruções de como se salvar por meio da Arca, que é uma figura de Cristo.

Lendo a história toda, do capítulo 5 ao 9 de Gênesis, e fazendo algumas contas com as idades, você irá descobrir que Noé não tinha filhos quando foi avisado da destruição do mundo. Você já escutou algum casal dizer que não quer filhos porque o mundo está ruim? Pois é, Noé não vivia em um mundo ruim -- Noé vivia em um mundo com data de vencimento! E mesmo assim decidiu ter filhos, pois era um homem de fé. É disto que estou falando, da fé que confia e espera em Deus e não se aflige com as circunstâncias.