domingo, 24 de fevereiro de 2013

Esse e Jesus!


Leitura: Lucas 9:18


"Certa vez Jesus estava orando em particular, e com ele estavam os seus discípulos; então lhes perguntou: 'Quem as multidões dizem que eu sou?' Eles responderam: 'Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, que és um dos profetas do passado que ressuscitou'. 'E vocês, o que dizem?', perguntou. 'Quem vocês dizem que eu sou?'"

Hoje Jesus faz a mesma pergunta a cada coração: "Quem você diz que eu sou?". As respostas são as mais diversas. Alguns dirão que é Elias reencarnado, sem nunca terem reparado que o profeta Elias não passou pela morte, mas foi arrebatado ao céu. Mais adiante neste evangelho veremos que Jesus conversa com Elias e Moisés, quando se transfigura diante dos olhos de seus discípulos. Se ele fosse a reencarnação de Elias não poderia ter conversado consigo mesmo.

Alguns piedosamente afirmam ter sido ele um grande homem, um mestre que veio trazer mensagens valiosas para nossa evolução espiritual. Será? Achar que com uma opinião assim você está elogiando Jesus é como querer elogiar Einstein por saber a tabuada. Considerar Jesus menos que divino é uma ofensa a Deus. 

Os muçulmanos dizem que Jesus é apenas mais um dos profetas de Deus e os judeus negam que ele seja o Messias prometido. Existe ainda uma miríade de seitas e religiões cujos fundadores afirmam ser a mais recente manifestação de Jesus. Na Internet é possível encontrar mais de trinta deles, sem contar os que estão em instituições para doentes mentais, o que poderia ser considerado o maior caso de roubo de identidade da história. 

Por que tanta gente quer se passar por Jesus? Por outro lado, por que tantos têm tamanha aversão por este nome? E por que milhares amaram tanto este mesmo nome ao ponto de morrerem por ele? Deve existir algo de muito especial nessa pessoa. Então quem é realmente Jesus? Um bom lugar para começarmos a pesquisar é a própria Bíblia, iniciando pelo Antigo Testamento que terminou de ser escrito 450 anos antes de Jesus nascer. 

Ali encontramos profecias que falam dele, e se você tiver um conhecimento mínimo dos evangelhos verá que seria humanamente impossível alguém preencher todas as expectativas dos profetas por mera coincidência. A probabilidade de uma mesma pessoa se encaixar em apenas 8 das mais de 300 profecias do Antigo Testamento que falavam do Messias é de uma em cem quatrilhões. E quais seriam as chances de alguém cumprir 48 dessas profecias? Pense no número dez seguido de 157 zeros. E Jesus não se encaixa em apenas 48 profecias, mas em mais de trezentas!

Voce sabe quem e Jesus?


Leitura: Lucas 9:18-20


Antes de dar sua opinião sobre quem é Jesus, é bom verificar se ele preenche as credenciais previstas pelos profetas. Nos primeiros livros que compõem a Bíblia Moisés anunciava que o Messias prometido a Israel seria descendente de Abraão, Isaque e Jacó, e pertenceria à tribo de Judá. Miquéias previu que ele nasceria em Belém da Judeia, e Isaías avisou que isso seria pela concepção de uma virgem.

O profeta Jeremias escreveu que crianças seriam mortas por ocasião de seu nascimento, e foi o que o Rei Herodes mandou fazer quando soube que o rei prometido a Israel havia nascido. A perseguição fez com que José e Maria fugissem com o menino Jesus para o Egito, o que também havia sido previsto pelo profeta Oséias. Segundo o profeta Isaías, a região de seu ministério seria a Galileia ao longo do Rio Jordão, e ele seria rejeitado pelo povo judeu, como foi. 

Zacarias anunciou com séculos de antecedência a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e o profeta Daniel especificou até mesmo a época em que isso aconteceria, uma semana antes de ser crucificado. Com mil anos de antecedência Davi previu que o Messias seria traído por um de seus amigos e Zacarias confirmou, indicando que o traidor receberia trinta moedas de prata que seriam depois lançadas no Templo e usadas para comprar o campo de um oleiro.

Isaías escreveu, com setecentos anos de antecedência, que o Messias permaneceria mudo diante de seus acusadores e que seu sofrimento e morte seriam para pagar pela culpa de outros. O mesmo profeta indicou que ele morreria entre malfeitores e Davi, no Salmo 22, previu que ele seria crucificado, com as mãos e os pés atravessados por grandes pregos. Os Salmos acrescentavam que o crucificado seria insultado e que em sua sede lhe dariam vinagre.

Segundo o profeta Zacarias, o corpo morto seria furado por uma lança e Davi acrescentou que suas vestes seriam sorteadas entre seus carrascos. Porém nenhum osso seria quebrado, ao contrário do que era comum na crucificação, quando as pernas dos condenados eram quebradas para acelerar a morte. Os profetas previram, além da morte, a ressurreição e ascensão de Jesus ao céu, mas isso só foi visto por um pequeno grupo de pessoas, os discípulos de Jesus. Sim, existem coisas que você só conseguirá enxergar se for discípulo de Cristo, um círculo no qual se entra pela fé, não pela razão. 

Assim foi que, quando Jesus perguntou aos seus discípulos "Quem vocês dizem que eu sou?", o evangelho de Mateus mostra que a resposta de Pedro, de que Jesus era o Cristo, o Messias prometido, não veio dele próprio, mas de uma revelação direta de Deus: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus" (Mt 16:17).

E para você, quem é Jesus?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

"JESUS" Um pregador de verdade!!! Joao 4:1~4




No capítulo 4 do evangelho de João há três lições, todas relacionadas ao evangelho: "como pregar", "o que pregar" e "para quê pregar". A primeira mostra o espírito ou disposição na qual cristão deve levar as boas novas. A última ensina o objetivo da salvação de uma alma. Entre uma coisa e outra temos o evangelho propriamente dito, que envolve o reconhecimento de pecado e um encontro pessoal com o Salvador.

A chave para o "como pregar" está na palavra "necessário", ou "importa", do versículo 4 . Ali diz que era "necessário" Jesus passar por Samaria. A outra ocorrência da palavra "necessário" é no versículo 23, e é também a chave para o "para quê pregar". Lá diz que é "necessário" que aqueles que adoram a Deus o adorem em espírito e em verdade.

Por que era necessário Jesus passar por Samaria? Não era por ser o caminho mais curto entre a Judeia, que era o centro do Judaísmo, e a Galileia, habitada por gentios. Os historiadores dizem que os judeus preferiam uma rota mais longa passando pela Pereia só para evitarem atravessar a Samaria. Eles odiavam os samaritanos, e nem mesmo conversavam com eles, por estes praticarem uma versão pirata do judaísmo, deturpando a religião dos judeus.

Mas era "necessário" Jesus passar por Samaria por causa da mulher samaritana deste capítulo. Ela precisava conhecê-lo, pois salvar pecadores era uma prioridade na agenda do Salvador. É neste espírito ou disposição que o cristão deve pregar. É "necessário" que ele vá ao encontro do pecador perdido, mesmo que para isso precise deixar de lado seus preconceitos e intolerância.

A intolerância é um dos efeitos colaterais de quem professa qualquer fé e, no caso do cristianismo, temos dois mil anos de história e sangue derramado como prova disso. Não falo aqui da aversão ao pecado, ou às ideias e práticas contrárias à vontade de Deus. Isto deve caracterizar o cristão, pois é condizente com a santidade de Deus. Falo da intolerância e aversão à pessoa do pecador, ao ser humano. Deus abomina o pecado, porém ama o pecador. Se não amasse, como enviaria seu Filho para morrer por injustos?

Em Romanos diz que alguém pode até dar a vida por uma pessoa boa, mas Deus demonstra o seu amor no fato de Cristo ter morrido por nós enquanto estávamos na condição de pecadores. Pense no pior bandido e pergunte a si mesmo se teria coragem de dar sua vida por ele, ou de entregar seu filho para morrer por ele. É preciso entrar neste sentimento para compreender até onde chegou o amor de Deus por você. Se não tiver essa compreensão você corre o risco de ter sua vida dirigida, não pela fé, mas pela intolerância religiosa.

Lucas 9:51~56 . Cuidado com a arrogancia da carne!


  Decidido a subir a Jerusalém para morrer, Jesus pede aos discípulos que sigam na frente. “Indo estes, entraram num povoado samaritano para lhe fazer os preparativos; mas o povo dali não o recebeu porque se notava em seu semblante que ele ia para Jerusalém. Ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: ‘Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?’ Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu, dizendo: ‘Vocês não sabem de que espécie de espírito são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los’; e foram para outro povoado” (Lc 9:51-56).

Veja a sequência de falhas no comportamento dos discípulos. Primeiro, no monte da transfiguração, Pedro sugeriu igualar Jesus com Moisés e Elias, fazendo uma tenda para cada um. Enquanto isso, os discípulos que ficaram ao pé do monte não conseguiam libertar um menino possesso, por lhes faltar a oração e o jejum. Em seguida eles passaram a discutir qual seria o maior no reino e queriam proibir um homem de expulsar demônios em nome de Jesus, por não andar com eles. Agora Tiago e João querem matar os samaritanos que se recusam a receber Jesus.

As circunstâncias servem para expor o que existe no fundo do coração, mesmo daqueles que seguem a Jesus. Você já deve ter visto cristãos que exaltam os servos de Deus, ao invés de se ocuparem apenas com Jesus. Outros fazem longas orações, achando que o poder está na sua oração, sem perceber que orar é depender de Deus. Também jejuam literalmente, sem perceber que o sentido do jejum é abster-se de tudo o que satisfaz a carne, e pode estar certo de que nem sempre é comida.

A competição para ser o maior no reino não terminou nos dias dos discípulos. Hoje você encontra campanhas religiosas alardeando homens como “O maior pregador do mundo”, “O mais versado nas Escrituras” ou “O mais poderoso servo de Deus”. Na cristandade homens arrogantes disputam esses títulos numa guerra de vaidades sem paralelo até entre os incrédulos. E quantas vezes você viu cristãos querendo interferir no trabalho que outros fazem para Cristo, só por não fazerem parte de seu grupo ou denominação? O desejo de destruir os que se opõem a Cristo também não é difícil de ser encontrado. A resposta de Cristo a tudo isso é: “Vocês não sabem de que espécie de espírito são”.

Se você encontrar alguém, que se diz servo de Deus, mas confia no poder de sua própria oração ou disputa para ser o maior, ou faz ameaças contra todos os que se opõem a ele, pode estar certo de estar diante de uma prepotente caricatura de cristão, e não de algo real. Jesus, “quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça” (1 Pe 2:23).