quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Genesis 7 a 11




Deus decidiu dar outra chance à humanidade, recomeçando por intermédio de Noé e abrindo a dispensação que podemos chamar de 'governo humano'. Noé recebeu autoridade sobre seus semelhantes, inclusive com poder de condenar à morte aquele que derramasse o sangue de seu próximo. Isso nunca foi revogado por Deus.

Ao saírem da arca, Noé e seus filhos encontraram um mundo diferente. A expectativa de vida, que em poucas gerações cairia para os 120 anos, continuaria a cair até atingir a média de 30 anos. Foi só no século 20 que a medicina reverteu essa tendência e hoje a média gira em torno dos 70 anos, quase 900 anos menos que a idade de Matusalém, avô de Noé.

Nesse novo mundo Deus deu a carne como alimento, e os animais passaram a temer e a fugir dos homens, o que não acontecia antes. Tudo ia bem, até Noé, o primeiro governador desses novos tempos, sucumbir à embriaguez e cair em desgraça. Como sempre acontece nas dispensações, tudo começa bem e acaba mal. Os descendentes de Noé cuidaram disso no capítulo 11 de Gênesis.

Ali nós os encontramos pretenciosos e declarando-se donos do mundo. Eles dizem: "Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra" (Gn 11:4). Porém Deus, falando na primeira pessoa do plural por ser uma ação do Pai, do Filho e do Espírito Santo, declara: 

"Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer. Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros" (Gn 11:6-7). O relato bíblico continua dizendo que "o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade. Por isso foi chamada Babel [que significa 'confusão'], porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mundo".

O homem havia falhado na inocência, na consciência e no governo humano. Deus agora chamaria um para fora da idolatria que assolava o mundo e lhe daria uma promessa. Abrão, nome que significa "pai exaltado", mais tarde seria chamado de Abraão, ou "pai de uma multidão". Deus prometia a ele uma terra -- Canaã -- e uma posteridade, porém não sem sacrifício. Prefigurando o que o próprio Deus faria séculos mais tarde com seu Filho, Abraão recebeu a ordem de sacrificar Isaque, seu filho, em holocausto a Deus. 

Aquilo tinha por objetivo provar a fé de Abraão, de que Deus traria seu filho de volta da morte. Uma vez satisfeito, Deus interrompeu o sacrifício e entregou um carneiro para ser morto em lugar de Isaque. Anos mais tarde o sacrifício do Filho de Deus não seria interrompido. O Cordeiro de Deus teria mesmo de morrer.

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