sábado, 13 de dezembro de 2014

Pr Josué Brandão 2

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O dispensacionalismo tem erros graves?


Existem sites que não estão  vinculados a  nenhuma denominação, mas a verdade é que apenas o site não está vinculado. Seu autor e todos os demais autores ali são clérigos ou leigos ligados a algum sistema religioso denominacional. Talvez o  próprio dono do site faz parte da liderança de uma igreja presbiteriana e etc . A doutrina do site é presbiteriana em sua essência e os presbiterianos seguem a "Teologia do Pacto", livro de Bruce Anstey

Não é de surpreender que o presbiterianismo (cujos líderes são chamados de "Reverendos") seja avesso ao dispensacionalismo, mas não pense que o problema deles está na escatologia. O cerne da questão é que quando irmãos do século 19 (como Darby, Kelly, Mackintosh, Bellett, Dennett, Fereday etc.) resgataram a verdade da Igreja e de sua posição distinta em relação a Israel, resgataram também o ensino de como a igreja deve funcionar, revelando assim a falta de fundamento bíblico para cargos e posições como "reverendos" dirigindo a congregação, ou "pastores" formados por cursos de teologia e ordenados por homens (e não como um dom dado por Cristo).

É evidente que quando alguém contesta essa estrutura clerical e eclesiástica não faltarão clérigos que se sentem ameaçados de perder seus empregos e logo adotem uma estratégia de "demonizar" tudo o que os irmãos do século 19 escreveram sobre as dispensações e outros assuntos.

Ha um artigo, chamado de "Os erros do dispensacionalismo", e escrito pelo Reverendo Ronald Hanko, chega a ser engraçado pela ingenuidade com que distorce o dispensacionalismo para depois apontar o que supostamente seriam erros. Começa citando a "Bíblia de Estudo Scofield", escrita por outro "reverendo" que meramente adotou parte do ensino dos irmãos do século 19 mas deixou de fora aquilo que obviamente comprometeria sua posição de líder de uma denominação.

Então fala dos "erros flagrantes do dispensacionalismo", entre os quais estaria o que chama de "método falho de interpretar a Escritura", a saber, que "o dispensacionalismo segue um literalismo escrito que, como um escritor aponta, é realmente o literalismo dos fariseus, que não viram e não podiam ver que Cristo era um Rei espiritual, e assim o crucificaram". O que ele está dizendo é que considerar a Bíblia como sendo a literal revelação de Deus é um "método falho de interpretar a Escritura". Porém o apóstolo Paulo, ao explicar a revelação que foi dada aos apóstolos, aponta a literalidade da revelação, palavra a palavra:

"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais [coisas de Deus] também falamos, não com PALAVRAS de sabedoria humana, mas com as [PALAVRAS] que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais." (1 Co 2:9-13 ).

Além de considerar a interpretação literal das escrituras como um "método falho de interpretar", o autor diz que o dispensacionalismo ensinaria que "todo o Antigo Testamento e algumas partes do Novo Testamento são aplicados aos judeus e nos é dito não haver nenhuma aplicação aos cristão no Novo Testamento, exceto talvez como um objeto de curiosidade". Isto que ele faz é deturpar um ensino para depois dizer que o ensino é deturpado, e em seguida explicar que "toda Escritura é proveitosa e aplicável aos cristãos" como se os dispensacionalistas não ensinassem assim.

Ora, nenhum irmão dentre os que creem nas dispensações ousaria dizer que o Antigo Testamento é apenas "um objeto de curiosidade"O Antigo Testamento é a Palavra de Deus, porém deve ser entendido em seu contexto e à luz da doutrina dada à Igreja e encontrada nas epístolas do Novo Testamento. E essa mesma doutrina nos ensina que o que foi escrito no Antigo Testamento foi escrito para nosso proveito, não para ser aplicado "ipsis litteris" a hoje, mas como sombras e figuras que apontavam para a revelação completa que temos hoje em Cristo. A razão? Simples, os próprios apóstolos disseram que era para ser assim:

Cl 2:16, 17 "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo".

Hb 8:5 "Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais..."

Hb 10:1 "Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas..." 

1Co 10:6 "E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram".

Heb 9:24 "Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro..."

  Existe um artigo  que diz "é a oposição do dispensacionalismo à espiritualização que leva à sua negação do reino celestial e espiritual de Cristo. É a visão errônea das Escrituras adotada pelo dispensacionalismo que é a raiz de todos os seus erros". Por "espiritualização" entenda que ele quer dizer que as coisas que estão na Palavra de Deus não devem ser consideradas em seu contexto histórico ou dispensacional (para serem aplicadas segundo seu contexto, quando foram ditas e a quem foram ditas), mas devem ser "espiritualizadas". Assim, sempre que você encontrasse "Israel" no Antigo Testamento deveria "espiritualizar" a palavra e transformá-la em "Igreja". Mas se o autor do artigo tivesse lido o que está na primeira edição da Bíblia King James de 1535, teria visto este comentário de Miles Coverdale no prefácio: “Será de grande auxílio para entenderes as Escrituras se atentares, não apenas para o que é dito ou escrito, mas de quem e para quem, com que palavras, em que época, onde, com que intenção, em quais circunstâncias, e considerando o que vem antes e o que vem depois”.

A dificuldade da ideia usada pela "Teologia do Pacto" de "espiritualizar" a interpretação da Bíblia está em saber se devemos "espiritualizar" também os verbos, porque quando o Senhor Jesus diz em Mateus 16 "edificarei a minha igreja" (Mt 16:18), porque qualquer pessoa com um mínimo de bom senso saberia que ele estava se referindo a algo ainda futuro, que seria edificado, e não que já existia em sua própria época (o período dos evangelhos).

Foi por "espiritualizar" o Antigo Testamento e considerar as bênçãos e promessas a Israel como pertencentes à Igreja que o catolicismo e o protestantismo perseguiram os judeus e buscaram a conquista do mundo até com o uso de armas. Nessa visão Jesus só viria quando os cristãos tivessem levado o evangelho a todo o mundo e estabelecessem aqui o Reino. Portanto valeria tudo nessa empreitada, inclusive as "Cruzadas" e as guerras chamadas "santas". Afinal, no Antigo Testamento Deus ordenava a Israel que dizimasse os exércitos inimigos.

O que pouca gente sabe é que essa doutrina "espiritualiza" também a esperança do cristão de modo a colocá-la na terra, e não no céu. Ou seja, a "espiritualização" aí funciona mais como uma "materialização" do que é ensinado, prometendo que a Igreja no futuro viveria numa terra restaurada (promessa feita a Israel no Antigo Testamento) e não nos "novos céus" com Cristo, como vemos em Apocalipse. Por isso a igreja não estaria aqui no caráter de peregrina e estrangeira, mas apenas aguardando a oportunidade para tomar de assalto a terra e desfrutar das promessas feitas a Israel (ou devo dizer Igreja?) no Antigo Testamento. A consequência mais moderna e perniciosa dessa doutrina é a "Teologia da Prosperidade". Afinal, se Deus prometeu saúde e riqueza, por que razão não reivindicá-las para o aqui e agora? Siga estes links se quiser entender melhor o que diz essa "Teologia do Pacto" em que acreditam as igrejas Católica, Ortodoxa, Luterana, Anglicana, Episcopal, Congregacional, Presbiteriana, Menonita, Cristã Reformada e algumas ramificações das igrejas Metodista, Batista, Nazareno, Adventista etc.

Mas não são todos os clérigos que têm essa aversão aos ensinos dos irmãos, como a demonstrada pelo autor desse artigo. O conhecido evangelista do século 19, D. L. Moody, disse que se todos os livros do mundo fossem queimados ele ficaria contente se lhe restassem uma cópia da Bíblia e uma coleção dos comentários de C. H. Mackintosh sobre o Pentateuco. C. H. Spurgeon disse de William Kelly que ele era "um escritor eminente da escola exclusivista de Plymouth (...) expõe habilmente as escrituras, mas com um toque peculiar do seu partido teológico. (...). Kelly é um homem que, nascido para o universo, estreitou sua mente para um movimento". D.M. Panton (outro pastor protestante) disse que "o movimento dos irmãos e sua importância é muito mairo que a Reforma", e Griffith Thomas, clérigo anglicano, que "entre os filhos de Deus foram eles os mais capazes em dividir corretamente a Palavra da verdade".

A título de curiosidade, vale lembrar que muitos clérigos e teólogos abraçaram em parte os ensinos dispensacionalistas dos irmãos do século 19. Os mais conhecidos são Cyrus. I. Scofield, D. L. Moody, Donald Grey Barnhouse, Charles E. Fuller, M. R. DeHaan, Jerry Falwell, Jim Bakker, Paul Crouch, Pat Robertson, Jimmy Swaggart, Billy Graham, Charles Ryrie, Dwight Pentecost, John Walvoord, Eric Sauer, Charles Dyer, Tim LaHaye, Grant Jeffrey e Hal Lindsey, além de presidentes norte-americanos como Jimmie Carter e Ronald Reagan e organizações como Moody Bible Institute, Dallas Theological Seminary e International Christian Embassy, Jerusalem.

Uma denominação em uma cidade e a igreja no local?

Não, uma denominação em uma determinada localidade não tem o mesmo status das igrejas que encontramos no Novo Testamento. As igrejas que nas epístolas vemos denominadas pela cidade ou região eram "a igreja" de Deus que estava naquelas cidades, tanto quanto um quartel ou "Tiro de Guerra" em uma cidade brasileira é o Exército Brasileiro naquela cidade, mesmo que abrigue apenas dois ou três soldados.

É certo que essas denominações podem ter em seu meio muitos salvos, mas não são "a igreja" de Deus naquela localidade. Voltando ao exemplo do exército, se alguns soldados decidissem formar numa cidade um "Clube do Sargento Tainha" (tirei o nome de um gibi de minha época apenas para exemplo) eles poderiam fazê-lo. Mas se dissessem que aquilo era o Exército ou que teria qualquer representatividade como Exército Brasileiro seriam todos presos por amotinação. Uma decisão tomada numa assembleia local como eram as do Novo Testamento era respeitada por todas as assembleias em todo o mundo de então. Do mesmo modo, o que um quartel local faz afeta todo o Exército Brasileiro, mas o que os membros do "Clube do Sargento Tainha" fizerem não representa o modo de agir e pensar do Exército Brasileiro.

Para entender por que uma denominação não pode ser biblicamente "a igreja"em uma localidade, basta entender que ao crer a pessoa é acrescentada ao corpo de Cristo, a única Igreja reconhecida por Deus. Isso é uma obra divina, não humana. "Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular." (1 Co 12:27) 

Em uma denominação você precisa se fazer membro dela por decisão sua, mesmo depois de já ter sido acrescentado ao corpo de Cristo quando creu. As decisões tomadas na filial local de uma denominação não têm a chancela do céu, porque não foram tomadas em nome do Senhor, mas em nome da organização ali representada e em nome da qual aquelas pessoas estão reunidas. A elas não estão sujeitos todos os salvos em toda a terra, como vemos acontecer na igreja do Novo Testamento (leia em Atos 15 e 16 como uma decisão tomada em uma assembleia afetava a todas elas). Não se pode atribuir a isso o que o Senhor expressou em Mat 18:20 "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." Existe uma exclusividade no nome do Senhor que não pode ser compartilhada com nenhum outro nome.

Na cristandade o termo "igreja" é usado no sentido de uma organização à qual você se filia, ou mesmo a um edifício ao qual você vai para adorar a Deus (como era o templo de Jerusalém). Essas ideias não encontram qualquer respaldo na doutrina dos apóstolos. Extraí do livro "A ordem de Deus", de Bruce Anstey, o texto a seguir que mostra o absurdo de usarmos a palavra "igreja" para qualquer outra coisa que não sejam as próprias pessoas que Cristo salvou:

"Uma irmã das Antilhas, que havia aprendido algo sobre a verdade da igreja, foi questionada pelo "Ministro" de uma denominação local da razão de ela não 'ir mais à igreja'. Sua resposta foi: 'A única igreja que encontro na Bíblia é aquela que se lançou ao pescoço de Paulo e o beijou', referindo-se a Atos 20:37. Então, apontando para o edifício no final da rua, continuou: 'Se aquela coisa ali se lançar ao meu pescoço, ela vai me matar!". (extraído do livro "A ordem de Deus", de Bruce Anstey)

Lucas 17:25



Antes de entrar nos detalhes da profecia que fala dos momentos que precedem sua vinda para reinar, Jesus revela que sua rejeição pelos judeus seria condição necessária para ele voltar e estabelecer o seu Reino. Ele diz: Antes é necessário que ele [o Cristo] sofra muito e seja rejeitado por esta geração.” (Lc 17:25). Sua rejeição desencadearia uma sequência de eventos que marcariam o fim de uma era e o início da atual dispensação.

“Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse... No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: ‘Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva’. Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado.” (Mc 8:31; Jo 7:37-39).

Nunca antes o Espírito Santo tinha habitado na terra, embora já atuasse aqui. Para que ele fosse enviado ao mundo era preciso Jesus morrer, ressuscitar, subir aos céus e ser glorificado. Qualquer ideia de que a Igreja seja uma continuação de Israel esbarra no fato de o Espírito Santo nunca ter habitado em Israel de forma permanente, seja no povo em geral, seja no israelita em particular. A carta de Paulo aos Efésios mostra ainda que os dons só foram dados após Cristo ter subido aos céus: “Por isso é que foi dito: ‘Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos prisioneiros, e deu dons aos homens’... E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Ef 4:8-12).

Você entende agora a razão de em Mateus 16:18 Jesus ter usado o verbo no futuro, quando disse a Pedro: Edificarei a minha igreja”? Foi para edificá-la que ele deu os dons, o que só aconteceu após ele ter morrido, ressuscitado e subido aos céus. Boa parte da confusão que você encontra na cristandade hoje se deve ao fato de muitos não entenderem que Deus possui dois povos distintos, Israel e Igreja. 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Deus impõe condições a respeito da salvação ?


A passagem em Colossenses 1:21-23 pode dar a impressão de que a salvação é condicional, e realmente dará se tirarmos o versículo 23 de seu contexto, não apenas na epístola, mas no conjunto das Escrituras: "SE, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido" (Cl 1:23). Mas entenda que este "se" não está aí como condição para colocar em dúvida a salvação de um crente verdadeiro e sincero, mas para nos julgarmos se realmente estamos salvos pela fé ou se estamos tentando conquistar ou preservar nossa salvação pelas nossas obras ou comportamento. É pela fé que somos salvos e é pela fé que permanecemos salvos, porque este é o alicerce ("fundados"). Veja a passagem toda:



"A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro." (Col 1:21-23)

Repare que Deus está falando de um verdadeiro salvo e de como ele mudou completamente de posição: de estranho e inimigo de Deus por causa de suas obras más, para reconciliado, santo, irrepreensível e inculpável aos olhos de Deus. Tudo isso aconteceu não por nossos méritos, mas pela obra daquele que"nos reconciliou no corpo da sua carne (de Cristo), pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis e inculpáveis". Não fomos nós mesmos que nos reconciliamos com Deus e nos apresentamos santos, irrepreensíveis e inculpáveis, mas tudo isso foi feito por Cristo. No que diz respeito ao nosso pecado, morremos com Cristo e no que diz respeito à nossa nova vida, estamos já ressuscitados com Cristo. A passagem abaixo diz tudo:

"Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. Pois, quanto a    ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor." (Rm 8:5-11).

Apesar de nossa condição atual ser ainda de pessoas vivendo em um corpo de carne e sujeito ao pecado, nossa posição já permanente é a de quem morreu e ressuscitou. Falta apenas passarmos da condição para assumirmos definitivamente a posição que já temos diante de Deus. É mais ou menos como um presidente que ganha as eleições: ele já tem garantida sua posição de presidente do país, mas sua condição é a de quem ainda aguarda o dia em que receberá a faixa presidencial. Quem conhece o processo sabe que nesse ínterim ele já deve comportar-se como presidente. Portanto, enquanto não estivermos em nossos corpos ressuscitados somos exortados a sermos aqui perante o mundo aquilo que já somos ali perante Deus. E aos olhos de Deus somos "santos, e irrepreensíveis e inculpáveis" (Cl 1:22).

O teste para qualquer um que diz ser cristão é observar se permanece fundado e firme na fé. Se permanecer, então ele é uma pessoa verdadeiramente santa e inculpável aos olhos de Deus. Quem é nascido de novo irá, sem dúvida alguma, permanecer na fé, mesmo que seu caminhar tenha altos e baixos. Não é o fato de ele eventualmente vir a cair em pecado que irá significar que nunca foi salvo,"porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal." (Pv 24:16). A evidência de sua salvação está no voltar a se levantar, pois aquele que tem o Espírito de Cristo já é dele (Rm 8:9) e sua consciência não o deixará tranquilo enquanto estiver prostrado. A diferença entre o perdido e o salvo não está em este último ser incapaz de pecar, mas em ser capaz de confessar o seu pecado e voltar à comunhão com Deus. O ímpio, quando peca, não liga nem um pouco por ter ofendido a Deus e segue despreocupadamente em seu caminho de impiedade.

Portanto, o verdadeiro salvo não se moverá "da esperança do evangelho" que é, em sua essência, a graça ou favor imerecido de Deus para com o pecador. Ele pode perder sua comunhão com Deus e viver miseravelmente até recuperá-la, mas não perderá sua salvação que é eterna e foi dada gratuitamente por Deus, "porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" (Rm 11:29). Mas aquele que um dia apenas professou crer (como Simão, o mago, de Atos 8:13) ou adotou uma religião deixando de lado alguns maus hábitos logo será como uma porca lavada que volta a se revolver no lamaçal. (2 Pe 2:22). Às vezes isto pode não ser muito evidente para quem enxerga de fora, pois uma das características do falso cristão dos últimos dias é que ele tem "aparência de piedade", ou seja, é hipócrita. (veja mais em 2 Timóteo 3). Este representa a semente que caiu sobre o terreno rochoso, que recebe a Palavra até com alegria (ou, como costumamos dizer, só no "oba-oba"), mas não tem raiz e logo se seca.

Mas a verdadeira fé tem raiz, pois é "fundada", isto é, enraizada e incapaz de sair do lugar. Já a falsa profissão cristã, tal qual planta seca, é desarraigada com facilidade e levada por qualquer vento, seja ele de doutrina ou de sedução carnal. Ao contrário da falsa conversão, a verdadeira fé faz a esperança do evangelho ficar cada vez mais preciosa ao coração à medida que o tempo passa, mas o falso cristão não gosta de ser confrontado com a Verdade da Palavra de Deus, preferindo agarrar-se aos dogmas e preceitos de sua religião, muitos deles sem qualquer base bíblica. A verdadeira fé sente o coração arder sempre que escuta falar de Jesus; sempre que lê ouve ou lê a Palavra de Deus; a falsa fé só sente alegria com as manifestações exteriores da religiosidade humana, como títulos eclesiásticos, posição de destaque em sua religião, festivais, shows, eventos sociais na "igreja" etc.

domingo, 24 de agosto de 2014

A arvore de natal me deixa vulnerável aos demônios?



Não vá muito atrás dessas mensagens e dos pregadores que costumam coar o mosquito e engolir o camelo. Geralmente eles acabam substituindo uma superstição por outra, alguns com boas intenções, mas outros apenas para criar uma superstição e colocar medo em seus seguidores a fim de mantê-los na rédea curta.

Vivemos cercados por símbolos pagãos, mas isso não significa que ficamos vulneráveis ao diabo. Quer um exemplo? Olhe para sua carteira de identidade. O "Brasão de Armas do Brasil" traz uma grande estrela de cinco pontas, com um círculo interno contendo 27 estrelas de cinco pontas, mais as cinco estrelas que representam o Cruzeiro do Sul e mais uma estrelinha sobre fundo vermelho na base. No total são 34 estrelas de cinco pontas.

Qualquer bruxo sabe que a estrela de cinco pontas é um antigo símbolo pagão que representava a deusa romana Vênus, e também os cinco elementos: terra, fogo, água, ar e um espírito que cuidaria de tudo isso. Em rituais de magia ela também é usada para representar o diabo, pois é possível enxergá-la como a face de um bode. Se levar ao pé da letra o que o autor do email disse a você, de que um símbolo pagão em sua casa dá "legalidade" ao diabo para agir em sua vida, você jamais deveria usar uma carteira de identidade ou qualquer documento brasileiro, ou andará com o diabo no bolso.

Até mesmo o dinheiro traz a estrela de cinco pontas e se quisesse seguir à risca a separação dos símbolos pagãos você deveria livrar-se dele (Sugestão: se for jogar fora seu dinheiro, mande para mim...). Cédulas de dólar, então, são campeãs nisso, com diversos símbolos pagãos e maçons (aceito dólares também...). Se você for médica deve ter algum documento com aquela serpente entrelaçada, símbolo do deus grego Esculápio. Se for contabilista, terá algum documento com duas serpentes entrelaçadas e encabeçadas por um elmo alado, símbolo do deus romano Mercúrio.

Isso sem falar das marcas. Usa tênis Nike? A marca representa a a deusa grega alada da vitória, equivalente à deusa Vitória dos romanos (estou precisando de um Nike...). Gosta de chocolate? A palavra "cacau" vem de uma deusa maia (por favor, só mande para mim se não for ao leite...). Sua câmera é Olympus? Então você leva todo o monte dos deuses gregos com você quando sai de férias (bem que estou precisando de uma câmera nova...). Usa camisa Polo? É o nome de um deus indígena (eu uso, pode enviar se for GG). Se morar em Tupã, idem, portanto é melhor se mudar de cidade. Espero que não goste de comer Pirarucú, o deus do mal que mora no fundo das águas (vem com pirão? hmmm....!). E nem Açaí, outro nome de deusa (lá se vai o regime...).

Aquele calendário que tem na parede, então... é melhor queimá-lo! (não vá fazer isso, estou sendo sarcástico). Janeiro (Jano, deus romano), Fevereiro (Februs, deus etrusco), Março (Marte, romano), Abril (Aprus, etrusco), Maio (Maya), Junho (Juno, mulher de Júpiter), Julho (do imperador-deus romano Júlio César). Como pode ver, se quiséssemos viver sem contato com símbolos pagãos, "teríamos que sair do mundo", usando a expressão do apóstolo ao falar de como lidar com nosso convívio com pessoas incrédulas.

Quer dizer então que está tudo liberado e que posso até comer galinha e farofa de encruzilhada que não me fará mal algum? Não é bem assim. Quero apenas mostrar que alguns pregadores exageram ao encher de terror seus seguidores para manter controle sobre eles criando novas superstições. Mas faremos bem em evitar os símbolos pagãos sempre que possível, pois apesar de eles, por si só, não poderem nos fazer mal, nossa associação com eles pode escandalizar alguns irmãos mais sensíveis.

O capítulo 8 de 1 Coríntios explica bem isso. O cenário é o seguinte: os coríntios eram em sua maioria pagãos convertidos a Cristo, que continuavam vivendo em uma sociedade pagã (Corinto ficava na Grécia), cercados de parentes e amigos pagãos, templos pagãos, rituais pagãos etc.

Não é bem o que vivemos no Ocidente cristianizado, pois aqui raramente você encontra um paganismo puro como era então. Aqui os deuses e símbolos pagãos foram "cristianizados" para serem mais bem aceitos, e isso vai desde as imagens católicas até os deuses do candomblé, rebatizados com nomes de "santos" católicos. Mas se você viajar para países como Índia, Burma, Nepal, Butão etc. sentirá na pele o que é viver em um ambiente pagão.

Portanto em Corinto havia um problema: como um ex-pagão convertido a Cristo deveria agir em relação à carne que tinha sido sacrificada aos ídolos pagãos? Pense na galinha de encruzilhada ou no bode sacrificado nos rituais de macumba. Caso a carne estivesse em bom estado e fosse depois vendida no açougue ou servida em um churrasco para o qual você fosse convidado, faria mal você consumi-la sabendo sua origem? Vamos ver o que a Palavra de Deus diz:

1Co 8:4 Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos,sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. 

Para o cristão, o ídolo (a imagem para a qual os animais foram oferecidos) não representa deus algum, pois há um só Deus. Porém atrás do ídolo existe um demônio, para o qual a carne foi apresentada em oferenda, mas esse demônio tem poder apenas sobre aqueles que consideram o ídolo alguma coisa, ou seja, os idólatras. Afinal de contas, alguém que faz suas orações a um ídolo, louva um ídolo ou adora um ídolo está acreditando que existe alguém ali para responder suas orações e corresponder à sua adoração. Esse alguém por detrás do ídolo, não importa qual o nome que a pessoa dê a ele, é um demônio.

1Co 10:19 Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus.

O verdadeiro crente em Cristo está, portanto, livre da influência do demônio que pode estar representado pelo ídolo ou pela carne sacrificada. Isto quer dizer que ele pode ter em casa símbolos ou ídolos pagãos ou comer de carnes sacrificadas a eles? Vamos continuar vendo o que nos ensina a Palavra de Deus:

1Co 8:10 Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência [conhecimento, que é esclarecido], sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E pela tua ciência [conhecimento] perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize. 

Alguém que já tenha um bom conhecimento de que o ídolo nada é ou a carne sacrificada ao ídolo não tem influência alguma sobre si está, obviamente, imune a qualquer problema que tal ídolo ou demônio possa lhe causar. Mas se um recém convertido do paganismo, que ainda não está bem firme nas verdades do cristianismo, encontrar esse cristão comendo carne que foi sacrificada a ídolos, ele pode ficar confuso. Em sua mente ainda está muito fresca a ideia de que o ídolo é alguma coisa, que tem poder etc., e quando vê um irmão fazer isso, talvez se escandalize.

Por isso devemos evitar tudo o que venha a escandalizar um irmão. Se um cristão possui em sua cada alguma estatueta antiga representando um ídolo, mas que está ali apenas como objeto de decoração, algum irmão recém convertido que entre em sua casa pode ficar com dúvidas achando que o irmão colocou aquilo para trazer sorte ou proteção. Aí ele poderá até fazer o mesmo em sua própria casa, porém da maneira errada, ou então ficar de alguma outra maneira escandalizado com isso. Veja que isso depende muito do contexto cultural. Nenhum brasileiro ficaria chocado de encontrar na casa de um cristão um troféu, apesar de muitos deles serem estatuetas de deuses gregos ou romanos. A pessoa imediatamente identificará aquilo como um troféu, não como um ídolo.

Na carta aos Romanos Paulo tratou do mesmo assunto relacionado à comida, pois ocorriam problemas com judeus convertidos ao cristianismo. Comer presunto perto de um judeu recém convertido (os judeus não comem carne de porco) poderia escandalizá-lo e levá-lo a tropeçar. O que fazer então? Não comer de modo algum ou evitar fazê-lo na frente dele. O mesmo com o vinho na frente de um irmão que se converteu e deixou o vício da embriaguez, ou jogar cartas perto de um irmão que teve problemas com vício de jogo (já sei o que vai dizer, que o baralho também tem símbolos pagãos)... você pode imaginar aqui qualquer situação que seja. É por amor pelos irmãos que deixamos de fazer algumas coisas. O amor, e não uma lista de regras, superstições ou pavores colocados pelos líderes religiosos, é o que deve mover o cristão.

1Co_6:12; 10:23 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam
Rom 14:14-15 Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. 
Rom 14:19-23 Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado. 

Mas vamos tratar agora especificamente da árvore de natal. O natal, como festa religiosa, foi emprestado do paganismo, portanto não se trata de uma comemoração que os cristãos devem celebrar, mesmo sob o pretexto de fazerem isso para Deus. Eu nunca tive árvore ou enfeites de natal em minha casa porque sei de suas origens pagãs e de como isso foi "cristianizado" para satisfazer os pagãos convertidos ao cristianismo.

Mas não tenho problemas com cristãos que fazem árvore de natal ou até mesmo celebram o natal de alguma maneira. Existem pessoas , por exemplo, mesmo depois de convertidas que   continuam  montando a árvore de natal e promovendo um jantar para toda a família na noite de 24 de dezembro. Ela já não faz isso como uma festa religiosa, mas apenas como uma tradição de família para reunir os filhos e netos. Muitos fazem assim e deixo a questão para a consciência de cada um. Eu mesmo já errei muito no início de minha conversão por fazer do natal um motivo de batalha que nunca levava as pessoas a buscarem a Cristo, mas só a afastá-las ainda mais dele.

Portanto, se não precisar armar uma árvore de natal por questões de família, tradição ou até de trabalho, então economize seu tempo e dinheiro nisso. Se precisar fazê-lo por um dos motivos acima e até como forma de preservar a paz na família, então peça a direção do Senhor de como deve proceder. Seja como for, como celebração religiosa, e muito menos como celebração da igreja, o natal não tem seu lugar. O problema do natal ou da árvore e enfeites utilizados não está nas coisas em si, mas no fato de serem usados como celebração cristã, o que não tem fundamento bíblico. 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Mateus 12.


Depois de todos os milagres que tinham visto os fariseus têm a audácia de pedir que Jesus faça mais um para eles crêem. Deus não se agrada de quem pede um sinal para poder crer. A fé não vem de ver, mas de ouvir a Palavra de Deus. A fé é a certeza das coisas que não se vêem. Quando você confia em alguém, basta a palavra dessa pessoa.

Quando Tomé reconheceu que estava diante de Jesus ressuscitado, ele disse a Tomé: "Porque você me viu, você creu? Felizes os que creram sem ver". Séculos de sinais e milagres operados por Deus entre o povo de Israel não serviram para mudar o coração de um povo incrédulo. Jesus os chama de geração má e adúltera, porque não queriam reconhecer seu Messias e eram infiéis a Deus.

Ele diz que único sinal que precisavam já tinha sido dado: Jonas saindo vivo do ventre do grande peixe, uma alusão à morte e ressurreição de Jesus que estava para ocorrer. Jonas tinha sido lançado no mar da morte para que os outros tripulantes do barco fossem salvos e passou três dias e três noites no ventre do grande peixe. Jesus seria lançado na morte para nos salvar e ficaria três dias e três noites no ventre da terra antes de ressuscitar.

Os habitantes de Nínive haviam crido na pregação de Jonas, e ali estava alguém maior do que Jonas. A rainha de Sabá viajou quilômetros para ouvir a sabedoria de Salomão, e ali estava quem era maior do que Salomão. Um pouco antes Jesus havia dito que ele era maior do que o Templo, e se você continuar lendo a Bíblia verá que ele é o maior do que toda a Criação de Deus; aliás, ele é aquele por meio de quem e para quem todas as coisas foram criadas. 

E agora, o que essas religiões  fazem  com Jesus? Muitos vao  aos cultos para ver sinais e manifestações porque  ainda não crêem  na verdade somos uma geração ma e adultera como aquela! Jesus compara os judeus a uma casa vazia e arrumada, só esperando por um morador. Ao se recusarem em receber ao único que podia legitimamente morar naquela casa eles ficavam vulneráveis a serem invadidos por sete espíritos de erro e engano.

Você já abriu a porta para Jesus ou pretende esperar por outro morador? Mas o pior e quando nosso eu esta intronizado, pensamos ser capazes de conquistar a salvação, e assim estamos anulando a maior manifestação de amor que Deus nos concebeu. Hoje, um irmão em Cristo ( LEANDRO), me disse que foi inaugurado aquele grande templo em Sao Paulo, aquele que se parece com o de Salomao, conhece? O líder daquela denominação me parece uma piada gospel de mau gosto!!! Tentando ou fingindo manipular demônios em seus cultos, e não percebe que quem esta sendo manipulado e ele mesmo! E bom lembrar que no reino de satanás existe principados e potestades, e esses príncipes de satanás usam os diabinhos como uma grande armadilha, fazendo com que esses lideres religiosos se encham de orgulho e soberba, fazendo-os pensar que tem poder sobre demônios, e dessa forma a igreja vai se tornando cada vez mais desfigurada ao ponto de não sabermos diferencia-la de um centro espirita. 

terça-feira, 10 de junho de 2014

A lei e de graca, mas a graca e cara! Lucas 16:15-17.



A Lei dada por Deus recompensava o homem por sua fidelidade. Se você obedecesse, seria recompensado, caso contrário viveria doente, na miséria, sem filhos e seu nome cairia no esquecimento. A Lei é pura e perfeita para o homem natural vivendo na terra. O problema é que somos imperfeitos, por isso a Lei acabou desvirtuada pelos judeus, que faziam de conta que a praticavam de olho na recompensa. Tornaram-se gananciosos de riquezas materiais e posições de destaque na sociedade.

Jesus fala de uma mudança: "A Lei e os profetas profetizaram até João. Desse tempo em diante estão sendo pregadas as boas novas do Reino de Deus, e todos tentam forçar sua entrada nele. É mais fácil o céu e a terra desaparecerem do que cair da Lei o menor traço." (Lc 16:16-17). A Lei não deixava de existir, mas seria em vão tentar justificar-se por ela. João Batista anunciara a chegada do Messias e seu Reino, e os judeus, culpados de violar a Lei, deviam se arrepender e serem batizados, assumindo uma nova posição no Reino. “Mas os fariseus e os peritos na Lei rejeitaram o propósito de Deus para eles, não sendo batizados por João.” (Lc 7:30).

Se o normal até ali era buscar a justificação pela Lei, não seria normal arrepender-se por não ter conseguido e aceitar “as boas novas do Reino”.“Forçar sua entrada” no Reino seria equivalente à expressão “forçar a barra”. Quem fizesse isso seria perseguido pelos que se justificavam a si mesmos. O problema não estava na Lei, que é boa e perfeita, mas no homem que é incapaz de cumpri-la por estar morto em delitos e pecados. Este precisaria depender inteiramente da graça de Deus, “pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo.” (Jo 1:17).

Em suma, a lei não deixou de existir; o que deixou de existir foi o homem descendente de Adão. Na cruz Jesus deu um fim nele, inaugurando um novo homem pela ressurreição. Aqueles que insistem em permanecer sob a Lei colocam a corda no próprio pescoço, pois a Lei não foi feita para salvar, e sim para condenar. Ela prometia prosperidade aos fiéis, mas condenação aos infiéis. Você se considera cem por cento fiel e cumpridor de todos os preceitos da Lei? A menos que seja hipócrita, a resposta será não. Então, sob a Lei você está condenado, não só por transgredi-la, mas por ser adúltero. Não entendeu?

Realmente entendemos o que Jesus diz? Lucas 16:18.



Jesus diz: “Quem se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher estará cometendo adultério, e o homem que se casar com uma mulher divorciada do seu marido estará cometendo adultério.” (Lc 16:18). Por que será que ele interrompe o assunto da Lei do versículo 17 para falar de adultério e divórcio? Ele não interrompe; o assunto aqui ainda é a Lei, e você só entenderá isso se ler o que Paulo escreve em sua Carta aos Romanos, que é o evangelho explicado.

“Acaso vocês não sabem que a lei tem autoridade sobre alguém apenas enquanto ele vive? Por exemplo, pela lei a mulher casada está ligada a seu marido enquanto ele estiver vivo; mas, se o marido morrer, ela estará livre da lei do casamento. Por isso, se ela se casar com outro homem enquanto seu marido ainda estiver vivo, será considerada adúltera. Mas se o marido morrer, ela estará livre daquela lei, e mesmo que venha a se casar com outro homem, não será adúltera. Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a Lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos.” (Rm 7:1-4).

A questão é: Pode um morto guardar a Lei? Não! E por acaso não é assim que Deus vê o crente em relação à Lei? “Agora, mortos para aquilo que antes nos prendia, fomos libertados da lei, para que sirvamos em novidade de espírito, e não segundo a velha forma da lei escrita.” (Rm 7:6).  Agora veja como tudo está maravilhosamente conectado a este capítulo de Lucas: “Quem se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher estará cometendo adultério.” (Lc 16:18). O assunto aqui não é divórcio, mas adultério, caso o vínculo não tenha sido desfeito pela morte.

Por isso o apóstolo Paulo explica: “Vocês também morreram para a lei, por meio do corpo de Cristo para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos.” (Rm 7:4). Se agora pertencemos a Cristo, como continuar pertencendo à Lei para a qual morremos? Querer viver sob ambos é adultério. Além disso, “tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” (Rm 5:1). Isto significa que aqueles que creem em Jesus são justos aos olhos de Deus, e Paulo escreve a Timóteo que a Lei “não é feita para os justos.” (1 Tm 1:9).

domingo, 12 de janeiro de 2014

Ta tudo errado!



Se você foi a Cristo em busca de uma vida mansa e próspera neste mundo provavelmente foi enganado pelas promessas de um pregador do evangelho da prosperidade. O mesmo falso evangelho foi pregado pela serpente no Éden e oferecia tudo o que “parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e... desejável para... se obter discernimento” (Gn 3:6). Foram estas também as tentações usadas pelo diabo ao sugerir que Jesus transformasse pedras em pão, para agradar seu “paladar”; ao encher seus “olhos” com todas as riquezas do mundo; e ainda insistir que saltasse do ponto mais alto do templo para fazer prova de Deus.

Em sua primeira epístola João nos exorta a não irmos atrás das coisas terrenas como as prometidas pelos pregadores da prosperidade. Ele diz:“Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo -- a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens -- não provêm do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2:15-17).

Esses pregadores apoiam suas promessas principalmente no Antigo Testamento, pois para Israel Deus prometeu sim prosperidade terrena, mas nunca bênçãos celestiais. Para a igreja, porém, a exortação é que“tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos” (1 Tm 6:8).

Pregadores assim certamente prosperam pregando um falso evangelho que apela para o ventre, a ganância e a ambição do ser humano. Paulo já alertava contra isso, ao dizer que “há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. Quanto a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles só pensam nas coisas terrenas. A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3:18-20).

Portanto esqueça a ideia de que seguir a Cristo seja fácil em um mundo cujo príncipe é Satanás. Você sofrerá oposição e perseguições, e ainda será zombado quando não conseguir viver aquilo que prega. 

Cruscificados com Cristo. Lucas 14:27



Até aqui vimos que ser discípulo não significa necessariamente estar salvo e ter seus pecados perdoados. Muitos dos que se declaram “cristãos” ou discípulos de Cristo nunca se converteram. Do mesmo modo há cristãos verdadeiramente salvos pela fé, mas que estão longe de serem verdadeiros seguidores de Jesus na vida diária, preferindo seguir suas próprias vontades. É desses salvos de mãos vazias que Paulo fala em 1 Coríntios 3:15: “Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo”.

Jesus falou também de cada um “carregar sua cruz”, e não estava falando da cruz que ele levou, e sim de cada um considerar-se morto para esta vida. Os Gálatas haviam se esquecido da cruz neste sentido e tentavam manter-se salvos por seus próprios esforços. Por isso Paulo pergunta:“Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?” (Gl 3:1). Se Cristo tinha sido crucificado, e com ele o nosso velho homem, como eles podiam achar que iriam melhorar a carne por meio de regras?

Para mostrar que é só pela fé que somos salvos e andamos “em novidade de vida” (Rm 6:4), Paulo afirma: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2:20). Em seguida ele mostra a posição que o crente deve ocupar: “Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos” (Gl 5:24), portanto “que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6:14).

Cristo foi crucificado por mim, eu fui crucificado com Cristo, crucifiquei minha carne com suas paixões e desejos, o mundo foi crucificado para mim e eu para o mundo. Cinco vezes a cruz é aplicada aqui ao cristão, e todas elas mostram por que devo tomar sobre mim a cruz para seguir a Jesus. Isto é, devo considerar-me morto para minha vida a fim de ter uma vida de real comunhão com Deus seguindo a Cristo como discípulo.

Agora você entendeu o que significam as palavras de Jesus, quando diz:“Aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo” (Lc 14:27). E se o mundo foi crucificado para mim e eu para o mundo, seria correto eu viver em função das coisas terrenas prometidas por alguns pregadores?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Tudo esta pronto! Lucas 14: 16-17



Em resposta ao comentário do homem que disse que felizes seriam os que participariam do banquete no Reino de Deus, Jesus conta uma parábola: “Certo homem estava preparando um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora de começar, enviou seu servo para dizer aos que haviam sido convidados: ‘Venham, pois tudo já está pronto’” (Lc 14:16-17). Assim é o convite que Deus faz -- um convite que só precisa ser aceito, pois “tudo já está pronto”. Não faria sentido você ser convidado para um banquete e no convite vir escrito: “Traga sua própria comida, bebida, prato, talheres e guardanapos”.

Pois é exatamente isto que muitas religiões fazem: convidam você para o banquete de Deus, porém mandam que você traga a comida. Pregam uma salvação por obras, dizendo que você precisa se esforçar, sofrer e trabalhar para ser salvo. Mas quem dá o banquete é que deve cuidar de tudo. Assim é a salvação; Deus não exige de você coisa alguma para ajudar na obra que custou a vida de Jesus. 

Deus pode dizer “tudo está pronto” porque há dois mil anos Jesus bradou na cruz: “Está consumado!” (Jo 19:30). Horas antes em sua oração ao Pai “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29) disse: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” (Jo 17:4). Portanto não resta obra alguma para você fazer para ser salvo e nem para permanecer salvo. A salvação é obra de Deus, do princípio ao fim. Romanos 11:6 diz que “se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça”.

Agora imagine você ser convidado para um jantar e o anfitrião dizer: “O jantar está pronto!”. Você toma seu lugar à mesa e são trazidas as travessas, todas contendo apenas bilhetes com os dizeres “Promessa de Arroz”, “Promessa de Feijão”, “Promessa de Frango” etc. Então seu amigo avisa: “Sirva-se à vontade, mas só no final você saberá se vai ganhar comida, pois isso irá depender do modo como se comportar à mesa”. Loucura, não é mesmo? 

Mas é isto que ensinam as religiões que convidam você para sentar-se à mesa do banquete, mas não lhe dão certeza alguma de que será alimentado antes de o banquete terminar. Elas ensinam que você é salvo pela fé, porém precisará perseverar para permanecer salvo. A menos que você seja um hipócrita, nunca terá certeza se está se esforçando o suficiente. Será que você está à mesa de um banquete assim ou do banquete de Deus, que diz: “Tudo está pronto”?

Casa cheia. Lucas 14:21-24.




Diante da recusa dos convidados “o dono da casa irou-se e ordenou ao seu servo: ‘Vá rapidamente para as ruas e becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos’. Disse o servo: ‘O que o senhor ordenou foi feito, e ainda há lugar’. Então o senhor disse ao servo: ‘Vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar, para que a minha casa fique cheia. Eu lhes digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete’” (Lc 14:21-24).

Os primeiros convidados são os judeus que rejeitaram o Messias. Então o “dono da casa” envia o servo em caráter de urgência para “as ruas e becos da cidade em busca dos pobres, os aleijados, os cegos e os mancos”. Estes são os discípulos e outros israelitas que seguiam a Jesus e seriam perseguidos e mortos pelos judeus, como foram Estêvão e Tiago (At 7:59; 12:2), e também os que Saulo entregava às autoridades. Todos os apóstolos, exceto João, sofreriam mortes violentas. A eles cabe muito bem o que é dito na carta aos Hebreus a respeito dos mártires do Antigo Testamento: “O mundo não era digno deles” (Hb 11:38).

O que os caracterizava -- e também caracteriza hoje todo aquele que crê em Jesus -- era o fato de serem “pobres”, pois nada possuíam para dar em troca da salvação. Também eram “aleijados” ou incapacitados de qualquer boa obra para Deus. Eram “cegos”, pois por si mesmos nunca teriam encontrado o Caminho, e “mancos” porque sozinhos seriam incapazes de andar nele. Você é assim?

Após estes serem introduzidos no grande banquete o servo avisa que “ainda há lugar”. Se antes ele tinha saído pelas “ruas e becos da cidade”, agora é fora do arraial de Israel que o servo busca pessoas. Seu senhor diz: “Vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar, para que a minha casa fique cheia”. Estes são os gentios, estrangeiros e estranhos às alianças de Deus com Israel. Devemos nos lembrar de que o servo é uma figura do Espírito Santo, o único que pode realmente “forçar” alguém a crer em Jesus. Mas não é por força brutal, porém com uma irresistível influência que exerce na alma. “Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor” (Zc 4:6).

É de grande consolo saber que Deus quer que sua casa fique cheia, o que nos remete a Colossenses 1:18 que diz que o objetivo é que Cristo “em tudo tenha a supremacia” ou o primeiro lugar. Portanto no final será maior o número de salvos por Cristo do que de perdidos, Fica fácil você entender isto se considerar que os bilhões de abortos, crianças e mentalmente incapazes têm seu lugar garantido nos “muitos aposentos” (Jo 14:2) da casa do Pai graças ao sangue derramado na cruz. 

Graca e Discipulado. Lucas 14: 25-27



Ao reparar na multidão que o segue, Jesus lhes diz: “Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo” (Lc 14:25-27). Ele não diz que “não pode ser salvo”, mas que “não pode ser meu discípulo”.

Um pouco antes neste capítulo Jesus falou da graça de Deus, o favor imerecido que recebem os que aceitam o convite para a grande ceia. Depois de tamanha revelação de graça não é de estranhar que uma multidão decida segui-lo. Porém graça e discipulado são coisas distintas, apesar de conectadas. Neste capítulo nós vemos primeiro a graça e depois o discipulado, nesta ordem.

Graça é o que Deus oferece ao pecador; é a manifestação do amor livre e desimpedido de Deus que não pede nada em troca. Ele deu o seu Filho para morrer na cruz e agora oferece uma salvação que é totalmente de graça. Ela só pode ser recebida pelos que reconhecem nada ter para dar em troca, como os pobres, aleijados, cegos e mancos da parábola. Deus não está oferecendo uma barganha, mas um presente para aqueles que ele convida a crerem em Jesus.

O discipulado genuíno é resultado da graça na vida de quem crê em Jesus. Se a graça é a ação, discipulado é a reação manifestada na forma de uma sincera gratidão e interesse pelas coisas de Deus. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4:19). O discípulo está sempre desejoso de aprender mais desse amor, como Maria, irmã de Marta, que“ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo-lhe a palavra” (Lc 10:39). Portanto é a graça que gera o discipulado, e não o contrário.

Porém muitos invertem esta ordem e se declaram discípulos por interesse no favor de Deus. Quem professa o nome de Cristo dizendo-se “cristão” acaba se colocando na condição de discípulo, seja convertido ou não. Enquanto seguir a Jesus significava ouvir belos discursos, ter o pão cotidiano e ser curado das enfermidades, muitos o seguiam. Mas ao descobrirem o que realmente era ser discípulo a reação destes foi: “‘Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la?’ Daquela hora em diante muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo” (Jo 6:60, 66).

Lucas 14:25-27, Os verdadeiros discipulos.


Muitos dos que se diziam discípulos de Jesus estavam mais interessados nos benefícios do que nas responsabilidades e acabaram decidindo abandoná-lo. “Jesus perguntou aos doze: ‘Vocês também não querem ir?’ Simão Pedro lhe respondeu: ‘Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus’” (Jo 6:67-69).

Pedro e os outros mostraram que não seguiam a Jesus pelas vantagens materiais e transitórias, mas por ele ser quem era e pela promessa da vida eterna. Porém, para mostrar que podem existir falsos discípulos, Jesus revelou: “’Não fui eu que os escolhi, os doze? Todavia, um de vocês é um diabo!’ Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, que, embora fosse um dos doze, mais tarde haveria de traí-lo” (Jo 6:70-71).

Existem também aqueles que são discípulos de homens, achando que isso faz deles discípulos de Cristo. É claro que na Bíblia encontramos discípulos de profetas como João Batista, mas na atual dispensação vemos todos os cristãos como discípulos de Cristo apenas. Paulo alertou os irmãos em Éfeso que depois de sua partida surgiriam homens em busca de seguidores. Ele disse: “Dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos” (At 20:30).

Ele também chamou de mundanos ou carnais aqueles que seguiam a homens, mesmo dentre os verdadeiros servos de Deus: “Pois quando alguém diz: ‘Eu sou de Paulo’, e outro: ‘Eu sou de Apolo’, não estão sendo mundanos? Afinal de contas, quem é Apolo? Quem é Paulo? Apenas servos por meio dos quais vocês vieram a crer, conforme o ministério que o Senhor atribuiu a cada um” (1 Co 3:4-5). O equivalente moderno disso seria dizer “eu sou de Lutero”, “eu de Calvino” ou “eu do pastor fulano”.

Nos evangelhos Jesus revela algumas características de um verdadeiro discípulo: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos” (Jo 8:31). Ter prazer na Palavra de Deus e procurar aprender cada vez mais é uma das marcas de um verdadeiro discípulo. Outra é dar fruto para Deus, como explicou Jesus ao dizer: “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” (Jo 15:8)